CARLOS RAMOS
Carlos Augusto Ramos (Coimbra, 15 de Setembro de 1912 - Coimbra, 14 de Setembro de 1983), foi um pintor português.
Escrever sobre Carlos Ramos é penetrar no ego de um dos melhores pintores de Coimbra, na alma de um extraordinário pintor naturalista e paisagista, que fez da sua obra um hino à natureza, um louvor ao povo, um testemunho de gratidão à ruralidade campesina e um elogio ao trabalho agrícola e ao pescador.
Vida
Carlos Ramos nasceu em Coimbra e nesta cidade residiu e desenvolveu toda a sua actividade.
De ascendência modesta, iniciou-se muito novo na profissão de pintor de construção civil. É nesta condição que se acentua o seu gosto pelo desenho e pela pintura artística. Incentivado pelos amigos e esposa, começa a produzir os seus primeiros trabalhos.
Matriculou-se na Escola Industrial e Comercial Brotero e, estudando à noite, ali concluiu o curso geral de desenho, tendo sido discípulo de Manuel Rodrigues Júnior.
Estagiário da primeira, quinta e sexta Missões Estéticas de Férias, Carlos Ramos é várias vezes contemplado com "Menções Honrosas" por diversas instituições, caso da Sociedade Nacional de Belas-Artes de Lisboa (1940-1943) e obtém outras distinções, em especial uma terceira medalha da mesma Sociedade, em 1947.
Em 1948 é galardoado com o "Prémio Malhoa", e a bolsa de estudo correspondente, que lhe permitiu uma viagem ao estrangeiro no ano seguinte. Participou em numerosas exposições na Sociedade Nacional de Belas-Artes, no Salão Silva Porto (1943-1952), na Exposição Internacional de Sevilha (1952), no Salão António Carneiro (1953), etc.
Expôs com regularidade na Delegação do Jornal «O Primeiro de Janeiro», em Coimbra.
Em Agosto/Setembro de 1989 foi evocado numa grande exposição de obras suas, organizada pela Câmara Municipal da Lousã, na Sala de Exposições do Museu Municipal Professor Álvaro Viana de Lemos, daquela localidade.
Obra
As tonalidades apostas nos seus trabalhos resultam de estudo profícuo e procuram encontrar a beleza, o contraste e a ambiência que ressalta da fixação da luz no momento fugaz de sol num dia de Inverno, na pujança inebriadora da Primavera, no colorido encantador do Outono e na grandeza exuberante dos meses de Verão.
Por outro lado, Carlos Ramos captou, como ninguém, o esforço do homem rural, o denodo com que se entrega à faina agrícola, a bravura e destemor do pescador e os tradicionais costumes, tradições e vivências que identificam as pessoas da aldeia, os obreiros constructores de comunidades e depositários de valores que se transmitiram de geração em geração.
As expressões dos rostos, o movimento corporal, a indumentária, a actividade intensa do mundo rural, a diversidade das atitudes e a corografia que os seus quadros veiculam, fizeram da sua arte um exemplo de criatividade e afirmação plena do seu talento.
Obra que lhe propocionou o prémio Malhoa, «Capela de Tavarissa - Lousã»
Escrever sobre Carlos Ramos é penetrar no ego de um dos melhores pintores de Coimbra, na alma de um extraordinário pintor naturalista e paisagista, que fez da sua obra um hino à natureza, um louvor ao povo, um testemunho de gratidão à ruralidade campesina e um elogio ao trabalho agrícola e ao pescador.
Vida
Carlos Ramos nasceu em Coimbra e nesta cidade residiu e desenvolveu toda a sua actividade.
De ascendência modesta, iniciou-se muito novo na profissão de pintor de construção civil. É nesta condição que se acentua o seu gosto pelo desenho e pela pintura artística. Incentivado pelos amigos e esposa, começa a produzir os seus primeiros trabalhos.
Matriculou-se na Escola Industrial e Comercial Brotero e, estudando à noite, ali concluiu o curso geral de desenho, tendo sido discípulo de Manuel Rodrigues Júnior.
Estagiário da primeira, quinta e sexta Missões Estéticas de Férias, Carlos Ramos é várias vezes contemplado com "Menções Honrosas" por diversas instituições, caso da Sociedade Nacional de Belas-Artes de Lisboa (1940-1943) e obtém outras distinções, em especial uma terceira medalha da mesma Sociedade, em 1947.
Em 1948 é galardoado com o "Prémio Malhoa", e a bolsa de estudo correspondente, que lhe permitiu uma viagem ao estrangeiro no ano seguinte. Participou em numerosas exposições na Sociedade Nacional de Belas-Artes, no Salão Silva Porto (1943-1952), na Exposição Internacional de Sevilha (1952), no Salão António Carneiro (1953), etc.
Expôs com regularidade na Delegação do Jornal «O Primeiro de Janeiro», em Coimbra.
Em Agosto/Setembro de 1989 foi evocado numa grande exposição de obras suas, organizada pela Câmara Municipal da Lousã, na Sala de Exposições do Museu Municipal Professor Álvaro Viana de Lemos, daquela localidade.
Obra
As tonalidades apostas nos seus trabalhos resultam de estudo profícuo e procuram encontrar a beleza, o contraste e a ambiência que ressalta da fixação da luz no momento fugaz de sol num dia de Inverno, na pujança inebriadora da Primavera, no colorido encantador do Outono e na grandeza exuberante dos meses de Verão.
Por outro lado, Carlos Ramos captou, como ninguém, o esforço do homem rural, o denodo com que se entrega à faina agrícola, a bravura e destemor do pescador e os tradicionais costumes, tradições e vivências que identificam as pessoas da aldeia, os obreiros constructores de comunidades e depositários de valores que se transmitiram de geração em geração.
As expressões dos rostos, o movimento corporal, a indumentária, a actividade intensa do mundo rural, a diversidade das atitudes e a corografia que os seus quadros veiculam, fizeram da sua arte um exemplo de criatividade e afirmação plena do seu talento.
Obra que lhe propocionou o prémio Malhoa, «Capela de Tavarissa - Lousã»
3 Comentários:
Conheci-o muito bem e sou amigo dos seus filhos. Morava na Casa Branca. Era bom vê-lo de cavalete montado, à borda do rio, a pintar a natureza no seu ambiente próprio.
Gostei desta evocação feita no "Cavalinho".
Sou Neta do Carlos Ramos ... em mim depositou o sonho de ter na família quem lhe desse continuidade na arte de tão bem pintar à vista. Com muita pena dele e minha, o meu jeito era nulo...quantos dias passei com ele á beira rio e nas Torres do Mondego ... com os materiais de pintura que ele e o meu pai (carlos Ramos) fizeram com tanto carinho para me incentivar ... Que saudades Avô ... Susana
Sou Neta do Carlos Ramos ... em mim depositou o sonho de ter na família quem lhe desse continuidade na arte de tão bem pintar à vista. Com muita pena dele e minha, o meu jeito era nulo...quantos dias passei com ele á beira rio e nas Torres do Mondego ... com os materiais de pintura que ele e o meu pai (carlos Ramos) fizeram com tanto carinho para me incentivar ... Que saudades Avô ... Susana Ramos
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