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terça-feira, 27 de maio de 2008

LEITE BRAGA - UMA FÍGURA ÍMPAR

Leite Braga - Uma figura impar que atravessou varias gerações bairristas

Vamos criar alguns Titulos para que sejam postadas evocações de figuras interessantissimas do nosso Bairro e de que ainda hoje nos lembramos e nos rimos com essas singelezas.

Começamos com Leite Braga que tem sido lembrado nalgumas tropelias da nossa juventude:

- Quando o Gim corria com o gato dele à pedrada. - Anda cá oh Belchior que o sacerdote ainda te mata.-
-Na sueca tinha uma maneira muito especial de contar os pontos da sueca

- treze era tresa maria de Jesus, -
-catorze era c'a trouxa às costas….

O Felicio não esquece uma partida de sueca que fez com o Gim contra ele em que o parceiro dele era o Sérgio que obviamente estava feito eles.
O Felicio puxa um Ás e ele cortou com o Ás de trunfo. Já se preparava para recolher a "vasa", quando com ar admirado viu que o Gim recortou também com Ás de trunfo ( de outro baralho, é claro ).
E disse, desanimado:
Este "sacerdote" tem cá uma vaca!.. Nunca tal me tinha acontecido...

Outra -----------------
Quando ele se queixava da mulher, que se bem se lembram era gordinha ( que me desculpe a linda filha que eles tinham... ), de que se ela se fartava de o azucrinar por causa da bebida:
- A MINHA MULHER É UMA ESFERA! DÁ ME CABO DA PACIÊNCIA!
Claro que a mulher era quase uma esfera, mas o que ele queria dizer é que ela seria uma fera...

Nota: Pelo carinho que nos mereciam, sugiro outros como o Sr. Simões barbeiro ( Gerebisseman), Sr. Rosa da Academica, o Domingos engraxador, Sr. Cardoso da Rua I, ...... etc

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23 Comentários:

Blogger Unknown disse...

O Albino barbeiro...

Gim

4:44 da tarde  
Blogger ié-ié disse...

Também me lembro de irmos à taberna ao pé da D. Rosa e gamar uma pipa para pôr em frente da porta do Leite Braga.

Ou então juntávamos uns tantos e pegávamos no carro dele para mudar de sítio.

Com o que a gente se divertia!

Gim

5:01 da tarde  
Blogger Rui Felicio disse...

Por falar nessa taberna:

Lembras te do miudo que era filho dos donos da tasca?

O Tomané Quaresma pos-lhe o nome de "litle stinky ball" ( bolinha de esterco ) e a mãe coitada fartava-se de referir a alcunha a todas as freguesas:

Foi o Sr. Dr. Quaresma que lhe pos o nome.. É um nome inglês muito bonito.. Ele adora o meu filho!

Rui Felicio

5:08 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

e o que eu achava mais graça é que ele era empregado do desemprego!!!!!

5:26 da tarde  
Blogger Rui Pato disse...

Ele , "o bolinha", anda por aí. Cuidado com ele!!!
Outro dos "cromos" era a D. Maria Leiteira que vinha com a corroça do burro distribuir o leite "marado" , manca, na cadeira da carroça e, o marido, à arreata do rocinante.. E tinham umas filhas muito boas...

5:45 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Lembram-se quando o Albino Barbeiro aos domingos de manhã apregoava por todo o bairro a seguinte frase" Vai faltar a água" era ver as nossas mães a correr para tudo que era depósito, para recolher o precioso líquido.
Como diz o Gim " como a gente se divertia.
Beijos
Ana Maria Roque

6:26 da tarde  
Blogger Rui Felicio disse...

E havia a mercearia do tio do Álvaro ( acho que se chamava Parreirinha , mas nao tenho a certeza ).

Quando estava calor ele misturava umas gotas de groselha em água e depois fazia cubos de gelo com um palito espetado.

Vendia esses gelados a 5 tostões cada um...

A gente chupava, o vermelho doce da groselha desaparecia e ficávamos com o cubo de gelo na mão..

Rui Felicio

7:16 da tarde  
Blogger Rui Felicio disse...

E não podemos deixar de considerar como figuras tipicas o próprio Sr. Silva do café.

Que estava sempre a jogar as damas.

Uma vez entrou uma Senhora ( desconhecida no Bairro ), aproximou-se do balcão, olhou, percebeu que o Sr. Silva seria o dono do café e disse-lhe: Queria meia duzia de bolos se faz favor.

O Silva, imperturbável, absorto no seu jogo de damas, respondeu sem sequer virar a cabeça:

-- Tire-os e deixe o dinheiro no balcão - são a 12 tostões cada um

7:20 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

por mim tanbém recordo o albino barbeiro, com a sua inseparável maleta...e quando foi internado no hospital, tiveram de lhe dar vinho, senão o homem passava-se...

7:34 da tarde  
Blogger ié-ié disse...

Ah! Grande Felício, como és mestre a recordar essas histórias! Só mesmo tu para trazer isso à memória.

Essa mercearia era a que ficava ao princípio da rua F ao pé da minha praça, a praça P?

Também tínhamos um divertimento do caraças. Pegávamos naqueles velhos telefones de baquelite e ligávamos para a mercearia:

"É da Praça P nº 5 (por exemplo) e queria se faz favor um quilo de arroz, um quilo de açúcar amarelo, uma alface, um pouquinho de vinagre e meia dúzia de ovos".

E depois escondíamos atrás dos arbustos!

Ah! Ah! Ah! A cara da D. Manuela quando abria a porta!!!

Gim

7:54 da tarde  
Blogger Rui Felicio disse...

e para acabar por hoje, deixo mais uma figura tipica que merece ser explorada: O relator de futebol e jornalista da Emissora Nacional A.Gaspar.

Lembro-me de um celebre relato de futebol entre a Academica e o Torriense, clube onde alinhava um jogador de nome Carneiro:

A bola está no centro do terreno, saltam "milhares" de cabeças á bola!

Uma é de "carneiro"!

Rui Felício

8:16 da tarde  
Blogger Rui Felicio disse...

Gim,

Só mais esta que tu compreendes-me.
Depois prometo que me calo.

O Afonso, irmão mais velho do Vitor Pirisca e ambos excelentes alunos de Engenharia ( moravam ao lado do >Tozé Fiscal ), ainda amuito novo teve que arrancar os dentes da frente e colocar uma placa dentária ( em vernáculo, uma dentadura postiça... )

O Afonso ( que namorava a irmão do Gil ), orgulhava-se da diferença que os dentes postiços lhe conferiam em relação ao resto da malta e passava a vida a po-los e a tira-los para a gente ver.

Nunca esquecerei desta frase lapidar que um dia numa acesa discussão sobre ricos e pobres, lhe saiu:

- Eh pá, eu sou um teso, admito, mas tenho uma riqueza que vocês não têm...

Trago dentro da boca permanentemente mais de 20 contos de reis!

E num ápice tirou os dentes e exibiu a riqueza que eles representavam.

Parece que a placa tinha custado ao Pai os tais 20 contos

Rui Felicio

8:27 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

tb me lembro perfeitamente dos relatos do Manuel Gaspar (acho que morava na rua A), locutor do emissor regional de Centro da Emissora Nacional. è canto a favor do Benfica. Marca Cávem, saltam milhares e milhares de cabeça à bola e há uma cabeça de Abreu a aliviar....Gim, uma rectificação - a D Manuela era o nr 4; o nr 5 era o do manito, que eu usava para a minha nomorada me escrever de Lisboa, para a minha Mãe não saber...Lá está umapela calada...a mercearia da rua F acho que era do Sr Vitor, onde tb estava a mulher...e o nosso telefone, de baquelita com uma gavetinha em baixo para se assentarem os números era o 3777, depois 23777

9:11 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

E o sr Melo alfaiate, acho que da rua I que se tina de pôr em cima de um banquinho para nos provar os casacos...sim, porque naquela altura pronto a vestir só as camisas triple marfel, de nylon, que secavam de um dia para o outro...

9:39 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Vamos la corrigir algumas passagens:
- A mercearia de que o Felicio fala era a do Ti Manel e Dª Odete que faziam gelados com groselha. Quando os jogos acabavam, lá vinha-mos comer um geladito daqueles. Como eu era sobrinho deles para mim eram à borla. Em contrapartida tinha que ajudar a aviar os clientes. parece que ate tinha jeito para aviar....eheheheh
- A taberna de que o Gim fala, era a taberna do Ti Angelo, onde comtravamos os cigarritos avulsos. Dois por $50. O miudo era o Gilito andava sempre atras do Branquinho, não sei pk.....eheheheh
- Realmente as filhas da Maria Leiteira eram apeteciveis. Sei quem por lá andou a rapar, mas não digo.

9:40 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Ultimamente ando um pouco sisudo. Leio histórias fantásticas dos Apaches, do Felício e de tantos outros. Não é a memória deles que me espanta. Os velhos têm boa memória do passado ... passado :-). É mais o pessoal da minha geração, pós-GRECO e mesmo pós-KAMUC, não dizer puto!! E miúdas nem lê-las!

Vou continuar a (des)esperar.

Mas agradeço aos "antigos" que têm contado coisas. Por exemplo: não sabia que o meu irmão Afonso já tinha "placa" há tanto tempo!

Quanto ao Gilito da D. Ema, os pós-GRECO deram-lhe um nome mais prosaico: montinho de m.... Tudo em português vernáculo de Gil Vicente.

Um dia destes se acordar bem disposto ainda discorro filosoficamente sobre as diferenças entre as abordagens do Ti Manel, da D. Ema e do Senhor Nunes à problemática da mercearia e do vinho. É que há diferenças políticas muito importantes e era bom que cada um de nós definisse as suas opções.

Jó-Jó

12:35 da manhã  
Blogger Rui Pato disse...

O Albino Barbeiro, muito meu amigo, cortava-me o cabelo no quintal e depois pedia-me a viola para tocar e cantar. O gajo tocava viola que se fartava e, ainda por cima só com quatro dedos da mão esquerda, pois tinha um dos dedos aleijado. A sua mulher era a "gerente" dos urinóis da Portagem.

9:49 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Caros companheiros
Haja algum decoro e respeito pela tasca da D.Ema. Não se esqueçam que se tratava do "escritório" principal do Domingos Luis "Bintura".

O "montinho", hoje modernamente apelidado de "Meirim" continua com a mesma actividade de sempre. Gere as horas de "ócio".

Quando o Domingos estava carregado de "groselha" era metido dentro do atrelado do sr. Aires do talho, e empurrado até ao fatídico cruzamento da Rua A (Vasco da Gama).

Bons tempos!

Saudações académicas
Viva a Briosa
Tó Ferrão

12:55 da tarde  
Blogger Muleta disse...

a mercearia que vendia os cubos de gelo com groselha, embrulhado em papel cinzento grosso, nao era a seguir ao café? tb lá comprei. e lá trabalhou a francelina, que tinha estado em minha casa.....

1:53 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

essa francelina que trabalou lá em casa (era da ponte de mucela ou coisa parecida...) bem me tramou uma vez...eu estava na cave a fazer os trabalhos de casa de aritmética e vim a cozinha lanchar; quando voltei não consefui acabar a conta; era uma divisão e a francelina lembrou-se de acrecentar una números ao cala, de maneira que eu quase parti a cabeça à procura do erro, até que ela confessou o que tina feito...

2:10 da tarde  
Blogger Unknown disse...

Foi isso mesmo. Era na mercearia do Ti Manel e da Ti Odete que se faziam os tais gelados de cubos de gelo. Uma tecnologia importada do Brasil onde o Ti Manel tinha sido emigrante.O Ti Manel que era uma pessoa persistente ( vive hoje no Lar de 3ª Idade de Poiares)para tirar a carta foi 21 vezes a exame de condução. Passava na teorica mas na pratica o carro ia sempre abaixo.O !º carro dele para ir à praça era um Ford caixa de fosforos. Mais tarde e era um luxo, tinha uma carrinha Taunus 17M verde. Por causa dos acidentes, buzinhava em todos os cruzamentos. Assim quando subia a ladeira do Bairro a Ti Odete já sabia que ele la vinha.
Alvaro dos Apaches

2:35 da tarde  
Blogger Rui Pato disse...

Eu também chumbei na teórica em 1968 e, deixei-me de pudores e falei com o nosso Bininho - Prof. Albino Reis - que por sua vez convenceu o pai e, esse mesmo, o "terrível" Engº Reis da Direcção de Viação, combinou comigo e, de um dia para o outro, meteu-me num carro, falou-me do filho e da moina da "malta", tudo menos condução, eu lá ia andando e, quando me mandou parar disse: "vá lá pá, levas a carta, mas não és nem de longe nenhum Fangio..." E foi assim que obtive a carta e, por geito ou por sorte... nunca bati!

4:38 da tarde  
Blogger Unknown disse...

A Francelina era irmã da Carmina e viveu durante uns tempos na casa do Ti Manel. Elas eram realmente da Ponte da Mucela de onde tambem eram originarios o Ti Manel e a Ti Odete.
Pois ainda me lembro da Francelina ter estado a servir em casa do Trio Maravilha da Praça P.
Alvaro Apache

5:05 da tarde  

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