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domingo, 30 de novembro de 2008

O Trunfo de Espadas


Descruzadas as tíbias,
jogada fora a caveira,
com a moralidade a rir a bandeiras despregadas,
a canhoneiras assestadas,
com a gota paralisando as Caraíbas,
com os tesouros a contas com o fisco
- onde parava o corsário e o seu risco?

No engancho de mão,no bafejo de rum,
no beiramar passeio a pernas quatro(uma de pau),
mostrou o olho despalado: era o corisco
- vazado o esperava - de quem foi tão mau.

(Há ossos de peixe,há ossos de homem
na sopa que o turista e o corsário comem?)

Baralhou.
Cortei.
Deu.
Joguei.

Sob o trunfo de espadas,
seu passado,carta a carta,vislumbrei.

De Alexandre O'Neill
Postado por aminhapele no POESIA

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