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terça-feira, 30 de junho de 2009

EXPRESSÃO PESSOAL

O que antigamente era visto de forma preconceituosa como atitude de rebeldia com direito a reprovação, é hoje aceite (ou pelo menos deveria ser), pela sociedade com naturalidade como forma de adereço, de expressão pessoal, de estilo, de bem-estar. Formas que foram e são utilizadas noutras culturas, por outros povos sem nunca significar menos dignidade, apenas uma questão cultural.
Tudo depende realmente da inteligência de cada um de saber usar as modas, neste caso específico, os piercings - quando não haja perigo especial para a saúde.

A questão é que os adereços não fazem a pessoa, tal como a roupa que se usa ou a música que se ouve e, por consequência, ninguém é mais nem menos que outro alguém por determinada atitude que toma perante o seu corpo.
No entanto, uma grande parte das pessoas cresce num seio em que lhes é ensinado que "gostos não se discutem" o que faz bastante sentido e seria uma excelente ideia se não vivêssemos num mundo de aparências em que se um determinado indivíduo ouve Heavy Metal não existe qualquer mal, mas se por acaso cai na loucura de se expressar fisicamente como fã desse estilo musical já tem direito a fazer companhia a Jesus Cristo na Cruz. Ou seja, hoje em dia o que fazemos não importa, a nossa inteligência não interessa, a nossa personalidade e os nossos valores muito menos, se não agimos consoante o resto da humanidade ou pelo que esta espera de nós.

Algo que é bastante criticado são as modas, o facto de as pessoas andarem todas iguais e a verdade é esta: não se pode dar literalmente um "pum" neste Globo Terrestre que vem logo uma cambada de mongos intoxicar o restante ar puro. Qual é então o mal de se querer ser diferente, de se ambicionar uma forma de expressão através de um adereço menos usual? Será que vem com adereços contagiosos de criminalidade ou de toxicodependência? Ou então, será tão perigoso como a barra de ferro que atravessou o lobo frontal de Phineas Gage alterando-lhe completamente a personalidade ao ponto de "Gage deixar de ser Gage"? Define as nossas atitudes ao ponto de ser reprovável? E que é feito da personalidade e do direito ao estilo próprio?

Elucidem-me por favor!!

Ana Marta Sarmento

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3 Comentários:

Blogger Pedro Sarmento disse...

Tatuagens ou Piercings, tudo o que é a mais é "molestia" independentemente de cada um ser live do seu corpo, arriscam-se claro a ser "apontados" na rua. Mas cada um sabe de si

5:29 da tarde  
Blogger Manuela Curado disse...

Esta menina não é a tua filhota, Pedro?
O teu comentário é paternal...e com tal...sincero.
Tenho familiares médicos.
Cuidado!!!! as consequências nefastas, são mais do que se imagina.
Além do mais... são de mau gosto e deselegância (penso eu).
Sejamos originais dentro da nossa facha etária. Isso é que é giro!!!!

11:24 da tarde  
Blogger Laura Sarmento disse...

Oh, Nelita, e qual é a originalidade dentro de cada faixa etária? Para miúdos da idade dos meus, ser original é fazer parte de um grupo diferente. Tudo muito complicado. Querem ser originais mas fazer parte de um todo e que ninguém os chateie! Acabam depois por chegar à conclusão de que afinal nem é tão original assim, que mais vale ser de outra forma,ou seja, crescem...E meu querido Pedro, desde quando é que a malta nova se preocupa em ser apontada na rua? Nós é que nos preocupamos demasiado com aquilo que pensam de nós, escrevem sobre nós, falam sobre nós (e há quem escreva e fale que se desunhe para nos aborrecer, ahahahah!) e apontam em nós. A miudagem só se importa mesmo é com o que o resto da miudagem pensa sobre eles. Não passámos já quase todos por isto, há muitos, muitos anos? Fumando o 1º cigarro (que nunnnnnnnnnnca sabe bem à 1ª, curtindo uma musiquita aos berros, fugindo à missa, etc. etc. Sinais de independência e destaque, naqueles tempos...agora tatuam-se e furam-se...bah...

11:55 da tarde  

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