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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

As nossas Janelas


Contaram-se a seguinte história como verdadeira.
Numa cidade portuguesa, alguém queria abrir uma janela numa determinda fachada situada numa zona histórica.
Quando pensou pedir autorização camarária para o efeito, pois não queria ter qualquer problema legal com a obra, alguém o aconselhou a não o fazer nesse momento, pois seria liminarmente chumbada tal pretensão.
"Primeiro faça a obra" - disse-lhe esse alguém, acrescentando - "Disso, trata-se depois."
Assim fez. Abriu a janela num fim de semana e, na segunda-feira, parecia que ela sempre ali havia estado.
"Agora sim, podemos pedir autorização para... tapar a janela!" disse-lhe o amigo perante a sua incredulidade.
E assim fizeram: pediram autorização camarária para fechar a janela.
Passados uns meses, que estas coisas oficiais levam sempre o seu tempo, chegou a resposta camarária: O pedido para fechar/entaipar a janela fora liminarmente recusado, devido.... e seguia-se uma extensa enumeração de motivos e de artigos legais.
E assim se tornou legal uma janela ilegalmente aberta.
Será verdade? Vivendo em Portugal e conhecendo a sua realidade, sou levado a crer que sim.
Das http://historiasesabores.blogspot.com

7 Comentários:

Blogger Chico Torreira disse...

Verdade? Não? Excelente espírito de observação, muito profunda e descrito com muita graça.

2:20 da tarde  
Blogger Manuela Curado disse...

Nada é impossível, neste PORTUGAL DEMOCRÁTICO, carregadinho das tradicionais e continuadas burocracias.
É melhor rir...para não chorar.

2:23 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Quadro de Dali, a janela é espanhola.
Tomané

6:36 da tarde  
Blogger Manuela Curado disse...

Foi bom teres falado em Dali.
Aumentei o écran e fiquei deliciada.
Seria uma pena perder os pormenores de tão bela imagem!
Obrigada

7:07 da tarde  
Blogger aminhapele disse...

O Tozé Franco,autor da postagem,sabe bem do que fala.
Quando se decidir a "abrir o livro" teremos muitas surpresas...

8:02 da tarde  
Blogger Isabel Melga disse...

Num País de "Xicos Espertos" de burocracias e influências, de empatas e de "luvas", há que jogar com as mesmas armas... neste caso não prejudicou ninguém e tornou uma pessoa feliz! É o que se chama uma boa jogada mesmo que tenha as suas recriminações, blá blá...somos um País de direito temos de respeitar e observar as normas, blá, blá e quem se lixa se assim fizer, são os ditos certinhos! Fica à vossa consciência! Decidam. Isabel Melga

9:49 da tarde  
Blogger Isabel Melga disse...

Esclareço que este "quadro" é conhecido e bem lindo mas a história adaptada poderia enquadrar-se perfeitamente nos inúmeros atropelos que se fazem na construção civil à revelia e até se poderá confirmar no programa "Nós por cá" da Conceição Lino julgo eu que é assim que se chama, é raro ver mas quando acontece ouvi-la até fico de boquinha aberta!!!! Isabel Melga

9:56 da tarde  

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