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sábado, 28 de novembro de 2009

Coincidencias ou não....

Coincidência ou não estes últimos meses assiste-se a um dramático e preocupante recorde de assassinatos por estas zonas e de suicídios entre jovens!!
Era urgente todos nós reflectirmos com coragem e honestidade sobre tal fenómeno e de se fazer uma análise por parte de psiquiatras, psicólogos, professores, famílias, assistentes sociais sobre as variadas causas! Estará a associado ao isolamento da família? De afectos de amigos? Ao excesso de álcool ou droga? À recusa dessas pessoas em se tratarem ou interromperem abruptamente o tratamento das depressões?
Ou dever-se-á a alguma falta de sensibilidade dos familiares ou mesmo desconhecimento do estado em que andam os seus filhos? Ou será que a sua desmotivação pela falta de perspectivas de um futuro lhes baixa a sua auto-estima perdendo o amor por si próprios?
Se a "moda" pega torna-se alarmante...A estatística é na verdade muito elevada e dói muito as nossas “promessas” de Futuro serem assim “queimadas” tanto por aqueles que desaparecem como pelos que cometem esses actos! Dói muito! E nem me atreverei a adivinhar a desolação revolta e desespero das respectivas Famílias! Ninguém pode fazer julgamentos, Apenas sabemos que o sofrimento é do tamanho do Mundo e que as depressões são das doenças mais mal compreendidas e mais difíceis de tratar ….
Não basta dar as notícias tem mesmo que se fazer algo e pelo que eu ouço sobre depressões, nota-se muita falta de conhecimentos e de informação!
Os remédios as pessoas ora tomam ora não e algumas até misturam com álcool! Mesmo as Farmácias deveriam estar em alerta permanente e informarem sobre as consequências de determinados medicamentos. Os médicos sempre em contacto com os familiares, etc… É toda uma Sociedade que tem de se interessar de se envolver. Hoje foram eles amanhã não desejaremos que nos bata à porta tamanho pesadelo!
Isabel Carvalho


6 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

O problema reside quanto a mim na publicidade que se dá a estes actos. Quanto mais falamos nisso, quanto mais a comunicação social noticia, mais serve para despertar as mentes doentias.
Um fulano incendeia um pinhal e logo nesse mês aparecem mais uns quantos incêndios. A reacção dum pirómano à notícia é diferente da reacção duma pessoa normal. REcordem-se. Uma fulana despeja acido no namorado e logo no mês seguinte há mais 4 casos semelhantes. Um tipo faz carjacking e logo vêm 3 ou 4 notícias seguidas.
É por isso que quanto mais falamos, mais lembramos. É nisso que reside a força da publicidade.

3:52 da tarde  
Blogger Isabel Melga disse...

Uma coisa é falar-se nestes casos como notícias sensacionalistas e insistir no acontecimento com contornos muito minuciosos, ouvir as vizinhas, mostrar dezenas de fotos, com morbidez e mais do que uma vez por dia na TV. Correcto? Outra, é dar conhecimento às pessoas em geral, de que existe efectivamente muito jovem e adolescente com psicoses e depressões, cada vez mais, mas que não são respeitadas, pelo contrário, são ignoradas, desvaloriza-se o comportamento desse pessoal. A própria Família tão absorvida anda com outras questões que julga serem mais importantes ou mesmo poderá ela própria estar com problemas de sobrevivência económica, com outro tipo de dificuldades e finalmente outros, estão mal informados. Depois também vivemos numa sociedade demasiado virada para o sucesso para a carreira para o êxito rápido e desculpem se me repito, mas isto reflecte-se sem qualquer dúvida nos jovens mais frágeis, menos competitivos, mais inseguros ou cujo ambiente familiar não existe ou se existe, é muito carente de diálogo, de afectividade. As pessoas não nascem más e isto não se desenvolve como os fungos ou a gripe...A causa deste desequilíbrio é bem mais funda e a responsabilidade é de toda uma sociedade que os educa e rodeia pouco solidária! Há que investir numa boa rede de saúde mental e de apoio efectivo ao jovem e vigilância por parte das Escolas, dos Pais, Amigos, Centros de Saúde e Colegas. Isabel Carvalho Melga

7:08 da tarde  
Blogger RI-RI disse...

Tens tôda a razão, Isabel.
Mas não deixa de ser verdade que as pessoas (as mais frágeis como tu dizes, mas não só)por um efeito de mimetismo, fazem tudo para aparecer nas notícias.
A "comunicação social", uns para não perderem o emprego, outros por uma questão de concorrência e porque dá jeito espalhar o caos para aparecer um "salvador da pátria" vão contribuindo para o mesmo "FIM".
Não vejo a "TVI" nem compro o "Correio da Manhã", não resolvo nada, mas fico satisfeito comigo próprio.
E o resto?

8:27 da tarde  
Blogger Laura Sarmento disse...

Isabel, depressões...bem...digo-te uma coisa..altura existiu em que foi a doença da moda e era "in" ter depressão. Fui testemunha de alguns casos. Aconteceram todos eles em pessoas a quem só lhes faltava a sarna para se coçar e nada mais, pois de resto tinham tudo e dinheiro a mais. Não vejo mães famintas a esgravatar terra em Africa para alimentar os filhos com tempo para depressões...ou para anorexia, bulimias e afins..a nossa sociedade é fértil em doenças destas, pois temos tempo para elas e dinheiro para as tratar. Quem não tem, bem que pode arranjar força para se curar sozinha. Por outro lado, e isso foi noticiado, os nossos médicos afogaram doentes em antidepressivos sem qualquer necessidade há tempos atrás. Falta à nossa juventude (e atenção que eu sou fã incondicional desta juventude para mim NÃO rasca) "estaleca" para aguentar a vida com dificuldades. Haja Xananx e outros que tais onde pôr a mão sem tratar a verdadeira raíz dos problemas, muitas vezes dos quais a nossa geração é culpada, pois não ensinámos convenientemente os nossos filhos que a vida é mais espinho que rosa.

10:07 da tarde  
Blogger Isabel Melga disse...

As vossas razões poderão ser válidas e é um dever respeitá-las, também conheço muito tipo de deprimidos por vezes por excesso de ócio, outras por mimo ou seja qual o motivo, mas essas pessoas, acreditem, que sofrem mesmo muito. Os medicamentos não resolvem tudo é uma verdade, as pessoas necessitam de comunicar, de atenção, de diálogo e de uma ocupação que as dignifique ou estimule. As coisas não são assim tão básicas como parecem. Tudo o que diz respeito à mente é complicado, delicadíssimo e cada caso é um caso!! Eu felizmente nunca serei uma deprimida, pois sou reactiva é uma sorte! Porque motivos fortes já eu tive para me deixar ir pelo cano abaixo. Mas as pessoas não são iguais. Julgar os outros é muito perigoso e poderemos ser injustos. Mas temos de concordar que nunca se viu tanta malta nova em desespero. Esta conversa daria pano para mangas, mas iríamos sempre ter ao mesmo ponto...Ou porque em crianças nunca tiveram carinho dos Pais e apenas prendas e roupas para os compensarem, ou porque foram vítimas de violência, ou por isto ou por aquilo, há sempre uma razão. E em relação aos adultos já imaginaram quantas mulheres foram ignoradas durante anos e anos sempre a fazerem a mesma coisa a servirem os filhos e o marido sem lhes perguntarem se não gostariam de sair ou de trabalhar nalguma outra coisa??? Ou mesmo desprezadas e humilhadas? Mulheres inteligentes e com cultura e nunca conviviam! São traumas recalcados e um dia "salta" a tampa! Nunca mais acabaríamos!!!!Conheço pessoas tão sofridas, tão desalentadas e sem conseguirem aceitar uma ajuda que fico até com vontade de carregar metade do fardo delas a fim de levantarem pelo menos a cabeça e de verem que a vida também é algo colorida e que cada minuto de alegria compensa por vezes um dia de chatices! Para essas pessoas o filme que lhes passa à frente é sempre a preto e branco ou cinzento. Um Abraço não vou falar mais, amanhã tenho de me levantar cedo. Beijinhos a Abraços

2:06 da manhã  
Blogger Chico Torreira disse...

O artigo expõe-nos uma apreensão real e actual de hoje em dia da nossa sociedade, a que de uma maneira geral, mesmo as pessoas com os mais diversos pontos de vista não ficam alheios.
Tudo o que foi dito até aqui, tem para mim o seu fundamento, mesmo em algumas ideias que parecem contraditórias. Problema deste tipo têm sempre as suas especificidades e segundo os especialistas, no caso de suicídio, tanto seja uma criança como um adulto, dá sempre sinais antes de consumar o acto. É como que um pedido de socorro. Infelizmente não estamos preparados para os interpretar e só depois do acontecimento é que começamos a ver que tivemos tudo à nossa frente, o que por sua vez cria problemas de culpabilidade àqueles que o rodearam em vida. Na realidade as pessoas receiam que qualquer coisa se esteja para passar mas não acreditam naquilo a que vulgarmente se chama pressentimento, portanto não actuam. No caso de crianças em idade escolar um dos alertas mais usuais, autêntico SOS, é o isolamente dos colegas e da família por sua própria decisão. Não quer dizer que seja um caso potencial mas sem alarmes, é bom que a criança seja acompanhada para se poder intervir a tempo e horas, se tal fôr necessário. No caso do assassino(a) que matou uma vez e não faz disso um modo de vida, quase sempre o fundo, se bem que diferente, é o mesmo do suicídio: a intenção da pessoa não é matar mas a resolução do problema passa pela morte de outros ou a sua. Pensando-se bem, na evolução de toda a situação "final", é aqui o grande problema. Quando chega à encruzilhada, não há saída e o acto acontece. Aí está porque em vários casos que se vive hoje em dia nos casais, após a morte do conjugue, matam os filhos e a seguir tentam-se matar. A primeira morte é para resolver o problema dito principal, os segundos é para que os filhos não fiquem a sofrer pois ficarão desamparados segundo a óptica de vista do assassino(a) e depois, parte ele(a). Nos casos de assassínios familiares, muitos deles são previsíveis mas a vítima não lhe passa pela ideia que tal pode vir a suceder. Num grande número de vezes a discussão tornou-se num hábito e não vêm a situação chegar. É preferível reagir sempre antes, mesmo com tudo o que possa vir a ser dito pela família e vizinhos, enfim: pela própria sociedade, que depois dos acontecimentos.
Nestes assuntos cada um faz o que pode, como pode pois não há linhas mestras e se formos trocando opiniões uns com os outros, algumas fatalidades podem ser evitadas e posterioremente, o sofrimento dos que ficam.

4:58 da manhã  

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