CONFÚCIO
Sebastião José sabia que em Portugal, num ápice, se passa de bestial a besta.
Mal o Rei que servira durante anos a fio, fechou os olhos, percebeu o apuro.
Já enquanto herdeira do trono, D. Maria, instigada pelas insastifeitas elites aristocráticas e clericais, era uma figadal inimiga do Conde- Marquês.
Obviamente que o demitiu quando foi feita rainha, concedendo de imediato o perdão aos Marqueses de Távora e Alorna e ordenando a libertação de todos que estavam presos.
Começava aqui a "VIRADEIRA" - assim ficou conhecida a reacção anti-pombalina..
Acusadoo de abuso de poder, corrupção e fraudes várias, foi condenado ao desterro "pelo menos a 2O léguas da corte".
.Considerado culpado, a avançada idade não permitiu, porém, a aplicação de pena alguma..
Morreu pouco depois amargurado e convencido que o futuro lhe reconheceria o mérito.
Triste fim para quem abriu as fronteiras do seu país ao progresso tornando-o menos obscuro. Pagou caro por defender um modelo de desenvolvimento europeu. Pagou caro por ser controverso. Mas foi corajoso.
Mesmo sabendo que corria riscos, enfrentou os males da política e da economia portuguesa, defenindo estratégias e implementando profundas mudanças.
Que falhou então?
Ter sido implacável e inflexível, fê-lo, por um lado, ignorar a reconciliação que toda a sociedade crispada reclama e, por outro, descurar o facto de qualquer estratégia carecer de maleabilidade para melhor se ajustar às mudanças propostas..
"GOVERNAR É RECTIFICAR", dizia CONFÚCIO
"in Journal"
NelaCurado
3 Comentários:
Para a amioria dos historiadores, o reinado de D José confunde-se com o seu ministro. Pois, mas o facto é que o se passava é que o rei gozava as mordomias do posto enquanto o marquês trabalhava.
Morto o rei foi deposto o ministro e o país entrou num declínio de que só saíu com a independência do Brasil e a vitória das ideias liberais.
Vale a pena refletirmos sobre esta passagem da nossa história, agora que vamos entrar no centenário da república. A monarquia, por mais perfeita que o seja no seu funcionamento é, na sua essência, contrária ao progresso social.
Grata pelo seu comentário.
O meu intuito era precisamente um convite à reflexão.
Por essa razão O meu primeiro título escolhido era "2O1O".
Pena todos andarem muito alheados!
E que apareçam mais “Marqueses de Pombal”, considero o Primeiro Conde de Oeiras dos homens mais notáveis de todos os tempos. Em menos de um ano reconstruiu parcialmente a cidade de Lisboa devastada pelo terramoto de 1755 e posterior maremoto com edifícios que ainda hoje podem ser admirados.
Presentemente a nossa linda capital, a cidade das sete colinas, tem tantos buracos que nem remendados foram no decorrer dos anos…
Será que este nosso Portugal no próximo ano de 2010 conseguirá atingir os seus objectivos seguindo a Frase de Ordem que o imortalizou “Enterram-se os mortos e Alimentam-se os vivos”?
Mariazinha da Silveira
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