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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

RUSSIA







O dia fora pacífico.
Como as fotos indicam, as horas passavam sob uma lânguida placidez que já há muito não sentia.
O olhar passeva sobre o ondear sereno do rio.
Aquele azul era estonteante e transportava-me a sonhos saborosos de recordar.
O tempo era pautado pelo silêncio só interrompido pelo aparecimento de algum passageiro com que simpáticamente trocáva algumas palavras elogiosas do óptimo momento poque estávamos a passar.
Um doce "fare niente".

A clariedade ía rareando deixando transparecer a noite que a pouco e pouco se sobrepunha.
Chegada era a hora de um toque na silhueta preparando-a para o jantar.
Este era um cruzeiro diferente.
Muitos franceses, alemães e nórdicos, alguns espanhóis e quatro portugueses, tudo
gente simples no trajar.
As refeições eram calmas e a continuidade dos amenos serões era feita no bar.

A noite estava escura e nesse dia o ambiente totalmente diferente.
O televisor deixara o seu local habitual e jazia desligado na carpete.
Os diversos objetos decorativos tinham sumido como por encanto.
Com voz calma e maviosa uma funcionária russa lindíssima apela para que no camarote não deixemos os haveres mais pesados no ar.
Iriamos atravessar o LAGO ONEGA, o mais largo da Europa, e previa-se uma ligeira trepidação.
Assim feito, na hora de adormecer enrrosco-me no fofo edredon ansiando pelo repouso.
Acordo sobressaltada. O Vasco dormia placidamente.
Com algum temor, ouço o forte ruído desconjuntado do casco.
Num repente levanto-me, mas estonteada com o forte baloiçar volto a sentar-me não sem antes clamar pelo meu companheiro e pela ajuda divina.
As vagas alterosas para um lago, viam-se através das janelinhas o que com o escuro da noite davam uma visão soturna.
Valeu-me a expreriência marítima do Vasco que a custo doseou o meu temor e a minha vontade férrea de me envolver no colete de segurança.
E eu que até não sou medrosa, nem católica praticante pedia encarecidamente que a Virgem Mãe nos livrasse de tal agonia.
Claro que o acontecimento não era trágico a tal ponto e no dia seguinte ainda tive que sofrer com as graçolas dos amigos mais aguerridos.

Não cheguei a usar os tais coletes porque a eles não consegui chegar....mas continuo a pensar que em qualquer circunstância, "MAIS VALE PREVENIR DO QUE REMEDIAR".



NelaCurado

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