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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

FRACO REI, FORTE GENTE

DE COMO UM REI CHEIO DE TESOUROS E SENHORAS BONITAS LEVOU PORTUGAL À BEIRA DO PRECIPÍCIO.


Sem grande tino, comuma propensão para as saias, bem parecido, exímio cavaleiro e amante de jogos de caça, o rei D. Fernando I (1345-1383) herdou uma situação confortável de seu pai, D.Pedro I.
Quando subiu ao trono, com 21 anos, nos cofres havia, segundo o cronista Fernão Lopes, oitocentas mil peças de ouro, quatrocentos mil marcos de prata, e oitocentas mil libras de direitos reais, fora rendas. Mais se somava a isto o lucro que Portugal dava - pausa para saudade e suspiro... - e todo um mercado meridional em franca expansão.

Mas o que este monarca não sabia era governar.

Em 1369, decide imiscuir-se na questão sucessória espalhola com armas e exércitos, quando, sob mediação do Papa, assinou um acordo de paz em Alcoutim. Desistia do trono de Castela garantindo a posse de Ciudad Rodrigo, Valência de Alcântara, Monterrey e Allariz assim que desposasse a Infanta D. Leonor de Castela.

Para D. Fernando, este era já o quarto casamento.

Agora à beira de dar o nó com a castelhana, o Rei enamorava-se de D. Leonor de Teles, senhora casada que teria por hábito esconder homens no armário.
A Teles seduz o nosso Rei em menos de um piscar de decote e o monarca anula o casamento com a Leonor espanhola, com isto britando o Tratado - e durante anos continuou a desgastar o cofre e o povo em guerras intermináveis com os vizinhos.

O que de mais errado há no seu reinado é a completa falta de noção e análise sobre a política nacional e internacionale e, claro, a sua infantil vontade de gastar dinheiro em batalhas e muralhas, quando o País e até Deus Nosso Senhor já apontavam o mar como caminho para a grande expansão.
Da união com Leonor de Teles nasce a Infanta D. Beatriz de Portugal que viria a casar com o sucessor de Henrique II, D. João de Castela.
Esta opção deita a independência por terra.

Se não fosse a dupla D. JOÃO I - NUNO ÁLVARES PEREIRA para salvar a situação, hoje estaríamos a falar españuel prático.

In "12 erros que mudaram Portugal

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