CASA DA PESCA DO MARQUÊS DE POMBAL - OEIRAS
A Casa da Pesca do Marquês de Pombal / Conde de Oeiras, é um raro exemplar de arquitectura barroca e, infelizmente, um vulgar exemplo de laxismo !
tem vindo a degradar-se ao longo de penosas décadas sem que nada seja feito para a preservar... a desculpa de sempre!! Falta de verbas!!
Quantos de nós não gostaríamos de passar algumas horas com amigos e familiares a descontrair à beira lago, numa agradável pescaria envolvidos num ambiente monumental e cheio de história?
A Casa da Pesca foi classificada Monumento Nacional em 1940, e desde que foi entregue à EAN / MA, que tem sido completamente descurada, é inadmissível que um organismo do Estado trate o património de uma forma tão vil!!!
A história deste monumento reporta-se ao ano de 1765, e terá sido a última estrutura a ser construída neste núcleo arquitectónico. Terá sido eventualmente gizada por Carlos Mardel, uma vez que foi este o autor do projecto do palácio e dos jardins, embora a sua edificação seja posterior à morte do mestre que reconstruiu a cidade capital.
Foi situada na chamada "Quinta Grande", a antiga "Quinta do Taveira", uma parte da propriedade dedicada à exploração agrária, e a sua função era puramente lúdica. Foi idealizada para as pescarias de fim-de-semana que tanto entusiasmavam Sebastião José de Carvalho e Mello.
O Marquês anunciava a sua vinda via pombo correio, despoletando uma autêntica "caça ao peixe" na Ribeira da Lage levada a cabo pelos seus atarefados empregados, incumbidos de providenciar o tanque com o maior número peixes que conseguissem apanhar. A faina era feita numas embarcações conhecidas por "casca de côco", levando o destino destes pobres peixes a que fossem pescados duas vezes.
Recentemente, um corajoso e dedicado cidadão, a quem presto aqui homenagem, tem-se devotado às suas próprias custas à preservação de todo este espólio. Quis um dia que o destino o tivesse guiado nesta direcção, deparando-se horrorizado com o estado de abandono deste magnífico local. Deitando mãos-à-obra, diariamente se empenha com todos os seus esforços para melhorar a Casa da Pesca, da qual se tornou guardião... ao valoroso Paulo Augusto, aqui tiro o meu chapéu...
Gastão de Brito e Silva
1 Comentários:
A decrepitude desta quinta iniciou-se após os anos setenta.
Comprei nos anos oitenta minha casa, paredes meias com esta quinta entusiasmada com a quietude da zona e o esplendor dos verdes prados.
Todas as manhãs acordava com os graciosos balidos e o tilintar de sininhos do imenso rebanho que ali pastava
Após o 25 de abril de 74, a Casa da Pesca,ainda local idílico, foi palco de vários concertos e outras atividades de caráter cultural, bastante interessantes.
Foi então que começou o descalabro por falta de manutenção continuada.
Mais tarde, por razões que desconheço foram erguidos dois monstros de betão , o verde foi destruido e substituido por alto capim.
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