BAIRRO MARECHAL CARMONA
Dedicado à Nelinha Dias
É dia dia de bem fazer... e especialmente de um magnífico passeio em transportes coletivos gratuitos.
Movidas por duas causas tão nobres e de caixa de lata ao peito partimos para o cemitério da Conchada em peditório da Cruz Vermelha na convicção de que aí, almas amaciadas pela dor nos dariam mais proveitos.
Cumprida a missão e, talvez, para colmatar os remorsos pelo desaforo, resolvemos visitar a campa de minha avó e religiosamente colocar sobre ela uma vela acesa conforme uso e costume dos mais velhos, vela essa comprada por certo, com uma moedinha das dádivas, já que nos anos sessenta do passado século , bolsos de adolescente viravam vazios.
Algumas semanas passadas, e conforme nosso hábito, bastante assíduo em época de perigo colegial ( provas ou chamadas orais no colégio Alexandre Herculano)) alterámos o percurso e rumámos a casa de uma tia minha que vivia lá para os lados do Arnado.
Era "supimpa" o passeio.
Praça da República, apreciando os garbosos estudantes nas suas capas e batinas.
Av. Sá da Bandeira, invejando a vida pacata e livre dos belos patos e cisnes,.. e por fim os deliciosos bolinhos da tia São.
O final não foi feliz.
Relatando envaidecidas a boa ação da vela no cemitério, em vez do elogío, um sermão.
A tia desvendara, finalmente, o mistério que a andava a intrigar.
O mistério da foto emoldurada da avozinha que jazia esturricada sobre a mármore branca da sua campa.
É dia dia de bem fazer... e especialmente de um magnífico passeio em transportes coletivos gratuitos.
Movidas por duas causas tão nobres e de caixa de lata ao peito partimos para o cemitério da Conchada em peditório da Cruz Vermelha na convicção de que aí, almas amaciadas pela dor nos dariam mais proveitos.
Cumprida a missão e, talvez, para colmatar os remorsos pelo desaforo, resolvemos visitar a campa de minha avó e religiosamente colocar sobre ela uma vela acesa conforme uso e costume dos mais velhos, vela essa comprada por certo, com uma moedinha das dádivas, já que nos anos sessenta do passado século , bolsos de adolescente viravam vazios.
Algumas semanas passadas, e conforme nosso hábito, bastante assíduo em época de perigo colegial ( provas ou chamadas orais no colégio Alexandre Herculano)) alterámos o percurso e rumámos a casa de uma tia minha que vivia lá para os lados do Arnado.
Era "supimpa" o passeio.
Praça da República, apreciando os garbosos estudantes nas suas capas e batinas.
Av. Sá da Bandeira, invejando a vida pacata e livre dos belos patos e cisnes,.. e por fim os deliciosos bolinhos da tia São.
O final não foi feliz.
Relatando envaidecidas a boa ação da vela no cemitério, em vez do elogío, um sermão.
A tia desvendara, finalmente, o mistério que a andava a intrigar.
O mistério da foto emoldurada da avozinha que jazia esturricada sobre a mármore branca da sua campa.
3 Comentários:
Sao tantas as historias que temos para recordar e partilhar...retratam uma epoca e "outro Pais" onde eramos felizes com a simplicidade e desejo de bem-fazer tudo apanagio daqueles saudosos tempos. Nela dias
Sao tantas as historias que temos para recordar e partilhar...retratam uma epoca e "outro Pais" onde eramos felizes com a simplicidade e desejo de bem-fazer tudo apanagio daqueles saudosos tempos. Nela dias
Foi para mim a dedicatória, mas na verdade são muitas histórias as que ainda guardo, certamente por nunca ter deixado o Bairro. Obrigada querida amiga de sempre
Nela Dias
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