Recordando o Pombalinho - Uma troca de comentarios com o Jó.Jó
Amigo Jó-Jó
Francamente não estou a ver quem sejas e não me recordo de te ver a acompanhares o Elói, o Zeca Ferrão, o Quim Pereira e outros, com quem privei em muitas noitadas. Provavelmente foi depois de eu ir para França.
De qualquer modo tocas num assunto, que já vi aí referido mais para trás e que gostaria de desmistificar:"a história do soco pela montra a dentro".
Abreviando:tinha eu sido rapado, numa bela noite ali junto do mercado do Calhabé, por uma mega trupe que incluía alguns marmanjos doutores do bairro.
No dia seguinte, já com a cabecinha rapada à máquina zero, fui barafustar para a esplanada do Silva, que os gajos eram uns estes e uns aqueles e que eu fazia e acontecia.
Vai senão quando sai-me disparado da porta do Silva um sujeito a perguntar-me o que é que eu queria, porque se era porrada seria para já e tal. Era, salvo erro, um também Silva que tinha estado na trupe.
Pontapé para aqui, lambada para acolá, engalfinhámo-nos os dois e fomos contra o vidro da montra do talho ao lado do Vasco da Gama, que se partiu.
Juntou-se um montão de gente, incluído o dono do talho com as mãos na cabeça: "Aí a minha montra", e a coisa acabou na esquadra.
É claro que a lenda diz que eu mandei um grande murro no rapaz e que o mandei pela montra a dentro, como víamos nos filmes, mas isso é pura invenção. Aliás eu talvez lhe tenha acertado mais alguns murros e pontapés mas o resultado, para falar verdade, não terá passado de um nulo.
Estou farto de contar esta versão mas ninguém me acredita, porque o pessoal quer é histórias para a galhofa.
À conta disto criaram-me uma fama tal que, ao menos, nunca mais ninguém me chateou em matéria de pancadarias.
Moral: o que acontece é que eu tinha 13 anos e o Silva já vinte e tais. Eu estaria ainda na idade de ser garoto mas o Silva já tinha idade para ter algum juízo.
A personagem do Pombalinho, tal como os Apaches, que foram realidades dos anos 60 a 65, no bairro, não tem hoje grande coisa a ver comigo, como é natural,mas eu assumo-a sem problemas e por isso assino a minha participação neste Blog como Pombalinho, alcunha pela qual ninguém me conhece fora de Coimbra e fora dessa época. Contudo, para lá do bom e do mau que fizemos, do engraçado e do menos engraçado e até do inarrável, fica a amizade em estado puro que nos unia e que nunca mais encontrei na vida.
Quanto à história de aquecer o quarto a fumar, só pode ser má língua do Lau para o pessoal se rir. Ele apareceu-me por lá, a certa altura, a ver se lhe convinha algum emprego, acabando por se vir embora, porque certamente não lhe convinha nenhum. Eu trabalhava como recepcionista num hotel, desses baratos, a troco de alguns francos e de um cubículo com um divã aonde dormia. O quarto (?) não tinha aquecimento, embora por ele passassem os canos do aquecimento central, aquecendo normalmente qb. Em dias mais frios abria a torneira de água quente para aquecer. Aquecia com vapor de água e não com fumo de tabaco, embora fumasse que nem uma besta. Sabes, é que por aquelas bandas o frio dói.
E para a próxima não acredites em tudo o que te dizem...
Sem ressentimentos,
Saudações do
Pombalinho
Francamente não estou a ver quem sejas e não me recordo de te ver a acompanhares o Elói, o Zeca Ferrão, o Quim Pereira e outros, com quem privei em muitas noitadas. Provavelmente foi depois de eu ir para França.
De qualquer modo tocas num assunto, que já vi aí referido mais para trás e que gostaria de desmistificar:"a história do soco pela montra a dentro".
Abreviando:tinha eu sido rapado, numa bela noite ali junto do mercado do Calhabé, por uma mega trupe que incluía alguns marmanjos doutores do bairro.
No dia seguinte, já com a cabecinha rapada à máquina zero, fui barafustar para a esplanada do Silva, que os gajos eram uns estes e uns aqueles e que eu fazia e acontecia.
Vai senão quando sai-me disparado da porta do Silva um sujeito a perguntar-me o que é que eu queria, porque se era porrada seria para já e tal. Era, salvo erro, um também Silva que tinha estado na trupe.
Pontapé para aqui, lambada para acolá, engalfinhámo-nos os dois e fomos contra o vidro da montra do talho ao lado do Vasco da Gama, que se partiu.
Juntou-se um montão de gente, incluído o dono do talho com as mãos na cabeça: "Aí a minha montra", e a coisa acabou na esquadra.
É claro que a lenda diz que eu mandei um grande murro no rapaz e que o mandei pela montra a dentro, como víamos nos filmes, mas isso é pura invenção. Aliás eu talvez lhe tenha acertado mais alguns murros e pontapés mas o resultado, para falar verdade, não terá passado de um nulo.
Estou farto de contar esta versão mas ninguém me acredita, porque o pessoal quer é histórias para a galhofa.
À conta disto criaram-me uma fama tal que, ao menos, nunca mais ninguém me chateou em matéria de pancadarias.
Moral: o que acontece é que eu tinha 13 anos e o Silva já vinte e tais. Eu estaria ainda na idade de ser garoto mas o Silva já tinha idade para ter algum juízo.
A personagem do Pombalinho, tal como os Apaches, que foram realidades dos anos 60 a 65, no bairro, não tem hoje grande coisa a ver comigo, como é natural,mas eu assumo-a sem problemas e por isso assino a minha participação neste Blog como Pombalinho, alcunha pela qual ninguém me conhece fora de Coimbra e fora dessa época. Contudo, para lá do bom e do mau que fizemos, do engraçado e do menos engraçado e até do inarrável, fica a amizade em estado puro que nos unia e que nunca mais encontrei na vida.
Quanto à história de aquecer o quarto a fumar, só pode ser má língua do Lau para o pessoal se rir. Ele apareceu-me por lá, a certa altura, a ver se lhe convinha algum emprego, acabando por se vir embora, porque certamente não lhe convinha nenhum. Eu trabalhava como recepcionista num hotel, desses baratos, a troco de alguns francos e de um cubículo com um divã aonde dormia. O quarto (?) não tinha aquecimento, embora por ele passassem os canos do aquecimento central, aquecendo normalmente qb. Em dias mais frios abria a torneira de água quente para aquecer. Aquecia com vapor de água e não com fumo de tabaco, embora fumasse que nem uma besta. Sabes, é que por aquelas bandas o frio dói.
E para a próxima não acredites em tudo o que te dizem...
Sem ressentimentos,
Saudações do
Pombalinho
1 Comentários:
Sabe sempre bem relembrar o Pombalinho.
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