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quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Atrasada no tempo - Olá a todos


Atrasada no tempo, pois a maioria de vocês já há muito que teceram considerações ao blog e ao tão fantástico e único, GEG .
Espicaçada por alguns e com desejo de também intervir, vou tentar aqui deixar-vos algumas das minhas memórias e alguns sentimentos que hoje já não fazem sentido guardar só para mim.
Antes de mais, um grande agradecimento a todos que deram corpo a esta grande iniciativa, pelo trabalho, desempenho e tempo dedicado. Para todos nós foi muito mais que o dia 18 de Outubro, pois abriram-se portas e quebraram-se distâncias que são fundamentais para a comunicação entre todos os cavalinhos (as). Por tudo isso, um grande obrigada a todos .
No dia do GEG, estive de coração cheio, com muita emoção, olhando para cada um (a) na esperança que me conhecessem sem que o crachá ajudasse e tentando identificar expressões ou olhares que me orientassem para os seus reais donos. Senti o privilégio do reconhecimento de muitos e o atordoamento de querer identificar nomes que não me vinham à memoria. Como já foi dito, aconteceu-nos a todos. Mas foi bom, muito bom mesmo. Adorei estar com toda a gente e sentir que as diferenças não tinham importância, o que interessava mesmo era a origem fortemente comum: O NOSSO BAIRRO.
Vim para cá quando tinha 4 anos de idade, hoje tenho 62 e penso que por cá continuarei até existir.
Brinquei e cresci no cavalo selvagem, tirando todo o partido que um espaço verde daquela natureza o permitia. É verdade que a situação da minha rua ( J) por se encontrar mesmo à frente, nos desse mais tempo no espaço, porque nem precisávamos de autorização para nos ausentarmos, por isso a toda a hora se trepava a uma oliveira , ou misturados com o rebanho do Manuel Padeiro assistíamos de olhos esbugalhados ao nascimento de mais uma ovelhita..... Também me lembro dos soldados que para lá iam fazer manobras, abrindo trincheiras e impedindo-nos de gozar o espaço que consideravamos nosso! claro que no dia seguinte tirávamos partido das trincheiras, fazendo tantas outras coisas loucas que na hora inventávamos. Entre corridas, jogos e convívios era assim que brincávamos no nosso tão falado cavalo selvagem, recriando muito, pela ausência dos brinquedos e aumentando dia a dia a nossa já fértil imaginação que nos ajudou a crescer, a tirar as pedras que iam aparecendo à frente e a fazer de todos nós , homens e mulheres que naquela manhã se abraçaram revivendo tanto em comum, convictos de que seria o 1º de muitos mais abraços.
Abraço-vos a todos
Olga Rodrigues Viana

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16 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Amiga, ainda bem que aceitaste o meu desafio e apareceste.

Parabens pela forma como nos descreves, com uma sensibilidade muito própria, as tuas vivências do Cavalo Selvagem, que era quase o prolongamento do teu quintal, e o reencontro tão grato que foi com as outras memórias que o GEG nos proporcionou.

Ficamos a aguardar outras memórias que a tua memória contém.

Beijinhos
Abílio

10:37 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Viva que é uma flor! Já tardava esta visita, embora se adivinhasse, tal o entusiasmo com que viveu aquele dia do GEG. Mais vale tarde do que nunca!
Era bom que a Olga, desde garotinha de olhos postos no "cavalo", nos fizesse mais alguns relatos de que por lá foi vivendo e observando.

10:47 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Olga,
Finalmente! Já tinha reparado que fazias aqui uns comentários, muito raramente, mas agora, vens para ficar.
Obrigado, por apareceres e por este texto muito interessante!
Bjs,
Alfredo

11:52 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Foi contagiante a alegria que pairava no rosto da Olga.
Estava tão entusiasmada e aprumada de maquina em riste a tirar uma foto aos Apaches onde o mano Carlos Alberto se tinha perfilado.
Vai dai...consegui-lhe tirar um foto em flagrante.... que ja foi passada no slide show.
A Olga muitas vezes assistiu às minhas rondas ....à vizinha do lado.
Coisas dos meus 14 anitos.

11:59 da tarde  
Blogger DOM RAFAEL O CASTELÃO disse...

Também fiquei muito contente pela presença da Olga neste Encontro de Gerações e saúdo também o marido pala sua presença.
De igual modo apreciei a alegria e o entusiasmo do mano Carlos que não resistiu em estar presente neste dia maravilhoso!

1:06 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Finalmente apareceste! Ainda bem porque até gostas das pessoas e tens muitas recordações do Cavalo Selvagem, a contar-nos...Estou contente, Beijocas. Juju.

8:02 da manhã  
Blogger Rui Pato disse...

Mas por onde é que andaste este tempo todo, Olga!
Vê lá se vens com força para ficar!
Um abraço

10:13 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Ora finalmente resolveste participar aqui nas nossas conversas! Como vês não custa mesmo nada.E agora que nos aguçaste o apetite descobre lá mais umas memórias...Sobre o prazer que tivemos em rever-nos isso já nós conversámos. Um beijo

10:26 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Vou imitar os anteriores comentaristas e dizer-te como fiquei contente de te reencontrado no dia 18/10, como também o teu aparecimento aqui no blog, bem vinda.

Só foi pena o tempo ter passado tão rapidamente no GEG que nem deu para falarmos com mais calma, beijos.

10:56 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Vemo-nos muitas vezes pois continuamos pelo Bairro, mas foi muito bom ler as tuas lembranças do Cavalo Selvagem. A situação da tua casa permite que nos contes muito mais. Esperamos por isso. Um abraço da

12:33 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Seja bem vinda ao nosso blog. Gostei do que escreveu e trouxe-me à memória os exercicios militares no Cavalo Selvagem.
Estou certo que nos vai continuar a contar recordações do nosso Bairro.Obrigado.
Quito

1:52 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Olga,belo testemunho sobre o Cavalo Selvagem.

Contente estava ela e,pelo que vi,estaríamos todos!

7:05 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Bravo pelo teu comentario minha irmã.Fier.fier.fier.
beijinhos

7:31 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

OLGA,era notório que estavas feliz!
Gostei muito de te rever.Continua com as tuas memórias,pois ainda temos muita coisa para contar.
Um beijo da
Nela Dias

12:12 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Grande Olga

Estou perfeitamente de acordo. O Blogue acaba de receber um reforço de peso.
Grande aquisição.
É uma amiga do coração.
Sempre linda e bem disposta.

PS - Por trás de uma grande mulher, está sempre um grande homem.
O Carlos Viana tem estimado bem a sua "menina".

Um beijo para a Olga.

Saudações académicas (porra! a Olga é do União)

Tó Ferrão

12:58 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Agradeço-vos a todos pela carinhosa recepção.
Vou tentar recordar-me de mais coisas sobre a infância passada no cavalo selvagem e depois comunicarei.
Um abraço

10:23 da manhã  

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