Atrasada no tempo - Olá a todos
Atrasada no tempo, pois a maioria de vocês já há muito que teceram considerações ao blog e ao tão fantástico e único, GEG .
Espicaçada por alguns e com desejo de também intervir, vou tentar aqui deixar-vos algumas das minhas memórias e alguns sentimentos que hoje já não fazem sentido guardar só para mim.
Antes de mais, um grande agradecimento a todos que deram corpo a esta grande iniciativa, pelo trabalho, desempenho e tempo dedicado. Para todos nós foi muito mais que o dia 18 de Outubro, pois abriram-se portas e quebraram-se distâncias que são fundamentais para a comunicação entre todos os cavalinhos (as). Por tudo isso, um grande obrigada a todos .
No dia do GEG, estive de coração cheio, com muita emoção, olhando para cada um (a) na esperança que me conhecessem sem que o crachá ajudasse e tentando identificar expressões ou olhares que me orientassem para os seus reais donos. Senti o privilégio do reconhecimento de muitos e o atordoamento de querer identificar nomes que não me vinham à memoria. Como já foi dito, aconteceu-nos a todos. Mas foi bom, muito bom mesmo. Adorei estar com toda a gente e sentir que as diferenças não tinham importância, o que interessava mesmo era a origem fortemente comum: O NOSSO BAIRRO.
Vim para cá quando tinha 4 anos de idade, hoje tenho 62 e penso que por cá continuarei até existir.
Brinquei e cresci no cavalo selvagem, tirando todo o partido que um espaço verde daquela natureza o permitia. É verdade que a situação da minha rua ( J) por se encontrar mesmo à frente, nos desse mais tempo no espaço, porque nem precisávamos de autorização para nos ausentarmos, por isso a toda a hora se trepava a uma oliveira , ou misturados com o rebanho do Manuel Padeiro assistíamos de olhos esbugalhados ao nascimento de mais uma ovelhita..... Também me lembro dos soldados que para lá iam fazer manobras, abrindo trincheiras e impedindo-nos de gozar o espaço que consideravamos nosso! claro que no dia seguinte tirávamos partido das trincheiras, fazendo tantas outras coisas loucas que na hora inventávamos. Entre corridas, jogos e convívios era assim que brincávamos no nosso tão falado cavalo selvagem, recriando muito, pela ausência dos brinquedos e aumentando dia a dia a nossa já fértil imaginação que nos ajudou a crescer, a tirar as pedras que iam aparecendo à frente e a fazer de todos nós , homens e mulheres que naquela manhã se abraçaram revivendo tanto em comum, convictos de que seria o 1º de muitos mais abraços.
Abraço-vos a todos
Olga Rodrigues Viana
Olga Rodrigues Viana
Etiquetas: Olga Viana
16 Comentários:
Amiga, ainda bem que aceitaste o meu desafio e apareceste.
Parabens pela forma como nos descreves, com uma sensibilidade muito própria, as tuas vivências do Cavalo Selvagem, que era quase o prolongamento do teu quintal, e o reencontro tão grato que foi com as outras memórias que o GEG nos proporcionou.
Ficamos a aguardar outras memórias que a tua memória contém.
Beijinhos
Abílio
Viva que é uma flor! Já tardava esta visita, embora se adivinhasse, tal o entusiasmo com que viveu aquele dia do GEG. Mais vale tarde do que nunca!
Era bom que a Olga, desde garotinha de olhos postos no "cavalo", nos fizesse mais alguns relatos de que por lá foi vivendo e observando.
Olga,
Finalmente! Já tinha reparado que fazias aqui uns comentários, muito raramente, mas agora, vens para ficar.
Obrigado, por apareceres e por este texto muito interessante!
Bjs,
Alfredo
Foi contagiante a alegria que pairava no rosto da Olga.
Estava tão entusiasmada e aprumada de maquina em riste a tirar uma foto aos Apaches onde o mano Carlos Alberto se tinha perfilado.
Vai dai...consegui-lhe tirar um foto em flagrante.... que ja foi passada no slide show.
A Olga muitas vezes assistiu às minhas rondas ....à vizinha do lado.
Coisas dos meus 14 anitos.
Também fiquei muito contente pela presença da Olga neste Encontro de Gerações e saúdo também o marido pala sua presença.
De igual modo apreciei a alegria e o entusiasmo do mano Carlos que não resistiu em estar presente neste dia maravilhoso!
Finalmente apareceste! Ainda bem porque até gostas das pessoas e tens muitas recordações do Cavalo Selvagem, a contar-nos...Estou contente, Beijocas. Juju.
Mas por onde é que andaste este tempo todo, Olga!
Vê lá se vens com força para ficar!
Um abraço
Ora finalmente resolveste participar aqui nas nossas conversas! Como vês não custa mesmo nada.E agora que nos aguçaste o apetite descobre lá mais umas memórias...Sobre o prazer que tivemos em rever-nos isso já nós conversámos. Um beijo
Vou imitar os anteriores comentaristas e dizer-te como fiquei contente de te reencontrado no dia 18/10, como também o teu aparecimento aqui no blog, bem vinda.
Só foi pena o tempo ter passado tão rapidamente no GEG que nem deu para falarmos com mais calma, beijos.
Vemo-nos muitas vezes pois continuamos pelo Bairro, mas foi muito bom ler as tuas lembranças do Cavalo Selvagem. A situação da tua casa permite que nos contes muito mais. Esperamos por isso. Um abraço da
Ló
Seja bem vinda ao nosso blog. Gostei do que escreveu e trouxe-me à memória os exercicios militares no Cavalo Selvagem.
Estou certo que nos vai continuar a contar recordações do nosso Bairro.Obrigado.
Quito
Olga,belo testemunho sobre o Cavalo Selvagem.
Contente estava ela e,pelo que vi,estaríamos todos!
Bravo pelo teu comentario minha irmã.Fier.fier.fier.
beijinhos
OLGA,era notório que estavas feliz!
Gostei muito de te rever.Continua com as tuas memórias,pois ainda temos muita coisa para contar.
Um beijo da
Nela Dias
Grande Olga
Estou perfeitamente de acordo. O Blogue acaba de receber um reforço de peso.
Grande aquisição.
É uma amiga do coração.
Sempre linda e bem disposta.
PS - Por trás de uma grande mulher, está sempre um grande homem.
O Carlos Viana tem estimado bem a sua "menina".
Um beijo para a Olga.
Saudações académicas (porra! a Olga é do União)
Tó Ferrão
Agradeço-vos a todos pela carinhosa recepção.
Vou tentar recordar-me de mais coisas sobre a infância passada no cavalo selvagem e depois comunicarei.
Um abraço
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