sábado, 31 de dezembro de 2011
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
CALENDÁRIO LAVAZZA
O calendário LAVAZZA há muito se transformou num objecto de culto e desejo para coleccionadores e apaixonados por fotografia de todo o mundo.
Sob o mote Espress Yourself, consagrados fotógrafos mundiais captam, há 20 anos, a alma deste café.
Na sua 20.ª edição, a marca decidiu colocar doze dos mestres de fotografia, que contribuíram para o sucesso deste projecto à frente das câmaras, numa vertiginosa paleta de talento e cor.
TRANSPLANTES HEPÁTICOS PEDIÁTRICOS
Desde Junho,o único Hospital Pediátrico que fazia transplantes hepáticos parou com essa cirurgia.
Motivo apresentado:o único cirurgião que os fazia,mostrou-se indisponível!
Indisponível,porquê?
Atingiu o limite de idade?!
Adoeceu?!
Quer mais dinheiro?!
Esse jornalismo de investigação,tão rápido a contar-nos a "verdadeira história",calou-se...
Porque não conhecemos as razões do cirurgião?
Ou dá mais efeito que o tal único cirurgião se compare a outro tipo de lógica:se os pilotos fizerem greve,pára a TAP;se os maquinistas fizerem greve,pára a CP;se o cirurgião ficar indisponível,páram os transplantes!!!
Informem-se e informem-nos!
Motivo apresentado:o único cirurgião que os fazia,mostrou-se indisponível!
Indisponível,porquê?
Atingiu o limite de idade?!
Adoeceu?!
Quer mais dinheiro?!
Esse jornalismo de investigação,tão rápido a contar-nos a "verdadeira história",calou-se...
Porque não conhecemos as razões do cirurgião?
Ou dá mais efeito que o tal único cirurgião se compare a outro tipo de lógica:se os pilotos fizerem greve,pára a TAP;se os maquinistas fizerem greve,pára a CP;se o cirurgião ficar indisponível,páram os transplantes!!!
Informem-se e informem-nos!
Etiquetas: Rui Lucas
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
AS EMOÇÕES DE CARLOS FALCÃO
(24 de Janeiro 2OO9)
Foi-me dirigido a mim com toda a carga emocional o email que a seguir transcrevo. Não ha duvida que foi um contacto que se não fosse o Blog ... nunca existiria.
Ja aqui o descrevi, uma fase da nossa vida em que eu e o Falcão fomos em Mira polacos durante um mês.
Haviamos de ir para a cova com estas memorias todas encaixotadas.
Alvaro
ALVARO, Alvarito ( anos 50/60 ), esta mensagem é destinada a ti.
Não sei se jà a recebeste, pois, questão navegação num blog, estou a começar. Como o faço num estado de espirito positivo ...o importante é começar!
1947/1969: 22 anos de trajectorias diversas!
Uma viagem através das nossas memorias. 40 anos depois, 2009. Relembrar é viver! Verdadeiramente a escritura portuguesa – et de surcroit ao 5° grau ... - não é o meu forte, mas para te comunicar o que tenho cà dentro, não cometerei erros, mesmo se a minha visita é virtual. Importa-me mais "l'etat d'esprit", do que o conteudo.
Hà coisas que fiz ontem, que jà não me lembro. Mas, como escreve o LEITÃO: - « a emoção atraiçoa-me a escrita »...o facto de percorrer o cavalinho selvagem, (ton bébé … bravo!), não posso deixar de me relembrar episodios, uns bons outros menos bons, que se passaram hà 40 anos ou mais.
Lembro-me dos teus pais, tenho uma vaga ideia do teu irmão que foi para o Brasil, da tua casa, sem esquecer os vizinhos, nomeadamente o cão do zézé, que me deu uma mordidela no c..., na nadga!, relembro os cachos que haviam là atràz ...lembro-me muito bem do Alvarito Parreirinha até ao ALVARO APACHE, passando pelo Esguiça!). Tu fazes parte daqueles homens, com quem se pode construir uma relação de confiança, com a capacidade de criar uma dinamica … What we say, é coisa que, nos tempos actuais, começa a ser raro.
Eu, apaixonei-me pela minha vida. Tu, fazes parte do meu patrimonio historico!
Felicitations pelo teu … vosso blog, vasto auditorio. É tempo de refrescar as memorias, tirar a poeira, coisa que tu e todos aqueles que fazem parte do teu "reseau" jà fazem hà algum tempo!
Mesmo sendo pragmatique, estou disposto a abrir a minha enciclopédia – para não dizer caixote do lixo ... dessa época, na medida em que certos factos e anedotas, ficaram "branchés" nos meus neuronios. Como jà disse, os acontecimentos que vivemos no bairro, são conhecidos. Muitos são relembrados no C.S. É o papel de cada um de nós que não o é. Eu, sou o menos indicado para falar, o meu papel foi modesto.
Oh Alvaro, sinceramente, como durante 40 anos (éh pà, duas vidas x2 …) estive mentalmente longe de Coimbra. O "cavalinho selvagem" foi para mim, foi … inexplicavel!. Atraves do vosso blog, vi muita malta que cruzei nas ruas, muitas figuras da minha infancia e juventude. Relembrei acontecimentos, Relembrei familias, rapazes e raparigas, tempos e lugares, imagens, factos. Raizes inolvidáveis!
O ''cavalinho selvagem'', a nossa memoria colectiva.
ALVARO, Halvarus e Karllus: a tua memoria é prodigiosa! prova que o que se vive com emoção … nunca é esquecido … até conseguimos levar o citoën 2CV da Figueira para Mira com a cabeça de fora. Havia nevoeiro e os limpa vidros não fucionavam correctamente... la fin justifie-t-elle les moyens… sardinen eram frische!
Como hoje queria unicamente dar-te um abraço em nome da amizade, é tempo de desapertar ...
A força de um abraço transmite-nos o sentimento de quem o dà, Para ti ALVARO APACHE, homem do ano, "begleiter" de aventuras e jogos, Deixo-te um forte abraço.
DESEJO-TE UM ANO 2009, EM CHEIO!
CARLOS FALCAO
(24 de Janeiro 2OO9)
Foi-me dirigido a mim com toda a carga emocional o email que a seguir transcrevo. Não ha duvida que foi um contacto que se não fosse o Blog ... nunca existiria.
Ja aqui o descrevi, uma fase da nossa vida em que eu e o Falcão fomos em Mira polacos durante um mês.
Haviamos de ir para a cova com estas memorias todas encaixotadas.
Alvaro
ALVARO, Alvarito ( anos 50/60 ), esta mensagem é destinada a ti.
Não sei se jà a recebeste, pois, questão navegação num blog, estou a começar. Como o faço num estado de espirito positivo ...o importante é começar!
1947/1969: 22 anos de trajectorias diversas!
Uma viagem através das nossas memorias. 40 anos depois, 2009. Relembrar é viver! Verdadeiramente a escritura portuguesa – et de surcroit ao 5° grau ... - não é o meu forte, mas para te comunicar o que tenho cà dentro, não cometerei erros, mesmo se a minha visita é virtual. Importa-me mais "l'etat d'esprit", do que o conteudo.
Hà coisas que fiz ontem, que jà não me lembro. Mas, como escreve o LEITÃO: - « a emoção atraiçoa-me a escrita »...o facto de percorrer o cavalinho selvagem, (ton bébé … bravo!), não posso deixar de me relembrar episodios, uns bons outros menos bons, que se passaram hà 40 anos ou mais.
Lembro-me dos teus pais, tenho uma vaga ideia do teu irmão que foi para o Brasil, da tua casa, sem esquecer os vizinhos, nomeadamente o cão do zézé, que me deu uma mordidela no c..., na nadga!, relembro os cachos que haviam là atràz ...lembro-me muito bem do Alvarito Parreirinha até ao ALVARO APACHE, passando pelo Esguiça!). Tu fazes parte daqueles homens, com quem se pode construir uma relação de confiança, com a capacidade de criar uma dinamica … What we say, é coisa que, nos tempos actuais, começa a ser raro.
Eu, apaixonei-me pela minha vida. Tu, fazes parte do meu patrimonio historico!
Felicitations pelo teu … vosso blog, vasto auditorio. É tempo de refrescar as memorias, tirar a poeira, coisa que tu e todos aqueles que fazem parte do teu "reseau" jà fazem hà algum tempo!
Mesmo sendo pragmatique, estou disposto a abrir a minha enciclopédia – para não dizer caixote do lixo ... dessa época, na medida em que certos factos e anedotas, ficaram "branchés" nos meus neuronios. Como jà disse, os acontecimentos que vivemos no bairro, são conhecidos. Muitos são relembrados no C.S. É o papel de cada um de nós que não o é. Eu, sou o menos indicado para falar, o meu papel foi modesto.
Oh Alvaro, sinceramente, como durante 40 anos (éh pà, duas vidas x2 …) estive mentalmente longe de Coimbra. O "cavalinho selvagem" foi para mim, foi … inexplicavel!. Atraves do vosso blog, vi muita malta que cruzei nas ruas, muitas figuras da minha infancia e juventude. Relembrei acontecimentos, Relembrei familias, rapazes e raparigas, tempos e lugares, imagens, factos. Raizes inolvidáveis!
O ''cavalinho selvagem'', a nossa memoria colectiva.
ALVARO, Halvarus e Karllus: a tua memoria é prodigiosa! prova que o que se vive com emoção … nunca é esquecido … até conseguimos levar o citoën 2CV da Figueira para Mira com a cabeça de fora. Havia nevoeiro e os limpa vidros não fucionavam correctamente... la fin justifie-t-elle les moyens… sardinen eram frische!
Como hoje queria unicamente dar-te um abraço em nome da amizade, é tempo de desapertar ...
A força de um abraço transmite-nos o sentimento de quem o dà, Para ti ALVARO APACHE, homem do ano, "begleiter" de aventuras e jogos, Deixo-te um forte abraço.
DESEJO-TE UM ANO 2009, EM CHEIO!
CARLOS FALCAO
SAUDADE !

Etiquetas: Aniversarios, Carlos Falcão
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
A SAGA DO BACALHAU
SÉCULO VII
Ingleses, franceses e bascos já salgavam bacalhau.
Antes, também, os vikings o faziam, partilhando a técnica com os portugueses quando desciam a costa ibérica à procura de sal., pagando este produto com bacalhau.
Portugal,com as salinas de Aveiro (considerado o melhor sal da Europa), tornou-se no centro do bacalhau salgado
1353
Primeiro acordo que oficializa a existência de embarcações nacionais na pesca do bacalhau.
D.Afonso IV e Eduardo III de Inglaterra assinaram um acordo que permitia aos portugueses pescarem nos mares do norte.
Em troca do sal os britânicos davam proteção contra os franceses aos barcos portugueses.
15O8
Por esta altura 1O% do peixe vendido nos portos portugueses do Douro e Minho era bacalhau salgado da Terra Nova.
Sécuko XVI
Cerca de 6O% de todos os peixes comidos na Europa eram bacalhaus, e esta percentagem manteve-se estável nos dois séculos seguintes.
1936
A pesca por arrastão surge em Portugal com o primeiro barco deste tipo, o SANTA JOANA, destinado à pesca longínqua.
O navio tinha maior capacidade e era mais confortável para os pescadores.
Tinha câmaras que permitiam conservar maiores quantidades de isco, alimentos e peixe pescado.
195O
Peródo áureo da pesca do bacalhau,
Portugal tinha 7O embarcações, desde arrastões a lugres e veleiros.
Surgiram os primeiros livros a relatar a coragem dos pescadores portugueses.
196O
Até esta altura, os portugueses pescavam à linha. Os homens desciam do barco-mãe (como o emblemático CREOULA) nos "dori", pequenos botes de fundo plano, e lançavam-se isolados nas águas geladas, pescando peixe a peixe..
Depois de carregado o "dori", a carga era transferida para o barco-mãe.
Esta tarefa, individual, poderia demorar 12 horas
Ingleses, franceses e bascos já salgavam bacalhau.
Antes, também, os vikings o faziam, partilhando a técnica com os portugueses quando desciam a costa ibérica à procura de sal., pagando este produto com bacalhau.
Portugal,com as salinas de Aveiro (considerado o melhor sal da Europa), tornou-se no centro do bacalhau salgado
1353
Primeiro acordo que oficializa a existência de embarcações nacionais na pesca do bacalhau.
D.Afonso IV e Eduardo III de Inglaterra assinaram um acordo que permitia aos portugueses pescarem nos mares do norte.
Em troca do sal os britânicos davam proteção contra os franceses aos barcos portugueses.
15O8
Por esta altura 1O% do peixe vendido nos portos portugueses do Douro e Minho era bacalhau salgado da Terra Nova.
Sécuko XVI
Cerca de 6O% de todos os peixes comidos na Europa eram bacalhaus, e esta percentagem manteve-se estável nos dois séculos seguintes.
1936
A pesca por arrastão surge em Portugal com o primeiro barco deste tipo, o SANTA JOANA, destinado à pesca longínqua.
O navio tinha maior capacidade e era mais confortável para os pescadores.
Tinha câmaras que permitiam conservar maiores quantidades de isco, alimentos e peixe pescado.
195O
Peródo áureo da pesca do bacalhau,
Portugal tinha 7O embarcações, desde arrastões a lugres e veleiros.
Surgiram os primeiros livros a relatar a coragem dos pescadores portugueses.
196O
Até esta altura, os portugueses pescavam à linha. Os homens desciam do barco-mãe (como o emblemático CREOULA) nos "dori", pequenos botes de fundo plano, e lançavam-se isolados nas águas geladas, pescando peixe a peixe..
Depois de carregado o "dori", a carga era transferida para o barco-mãe.
Esta tarefa, individual, poderia demorar 12 horas
VIVA TODO O PESSOAL AMIGO!!!!
NÃO ESTEJAM ZANGADOS COMIGO MAS NÃO TENHO ABERTO MENSAGENS E AGORA NÃO
SÃO SÓ OS NETOS E AS COISINHAS DE NATAL, MAS SIM, UMA GRANDE GRIPE QUE
ME TIRA A DISPOSIÇÃO E VONTADE DE ESTAR AO COMPUTADOR!!!!! APELO À
VOSSA COMPREENSÃO E EM BREVE RETOMAREI O RITMO NORMAL, ASSIM
ESPERO.....
MAS ESTÃO COMIGO EM PENSAMENTO E PARA TODOS SEM EXCEPÇÃO DESEJO UM FIM
DE ANO LIBERTO DE CHATICES COM MUITA ALEGRIA E QUE ESQUEÇAM POR
MOMENTOS A TROIKA E A CRISE!
DEPOIS EM 2012 CÁ ESTAREMOS "GUERREIROS", CHEIOS DE VONTADE E FORÇA
PARA "VARRERMOS" AS DESGRAÇAS E OS PEDREGULHOS; BASTA QUE NÃO NOS
FALTE A SAÚDE A ESPERANÇA E O OMBRO DOS QUE ESTÃO AO NOSSO LADO!
BEIJOS E ABRAÇOS
ISABEL
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
O Semaforo
Carrega tu, com o rato, no botão do semáforo, que o tipo não sabe como é e fica ali o dia todo.
http://www.selfcontrolfreak.com/crossroads/
Pedro Flaviano
http://www.selfcontrolfreak.com/crossroads/
Pedro Flaviano
domingo, 25 de dezembro de 2011
NATAL
Chove. É dia de Natal
Chove. É dia de Natal.
Lá para o Norte é melhor:
Há a neve que faz mal,
E o frio que ainda é pior.
E toda a gente é contente
Porque é dia de o ficar.
Chove no Natal presente.
Antes isso que nevar.
Pois apesar de ser esse
O Natal da convenção,
Quando o corpo me arrefece
Tenho o frio e Natal não.
Deixo sentir a quem quadra
E o Natal a quem o fez,
Pois se escrevo ainda outra quadra
Fico gelado dos pés.
Fernando Pessoa
Chove. É dia de Natal.
Lá para o Norte é melhor:
Há a neve que faz mal,
E o frio que ainda é pior.
E toda a gente é contente
Porque é dia de o ficar.
Chove no Natal presente.
Antes isso que nevar.
Pois apesar de ser esse
O Natal da convenção,
Quando o corpo me arrefece
Tenho o frio e Natal não.
Deixo sentir a quem quadra
E o Natal a quem o fez,
Pois se escrevo ainda outra quadra
Fico gelado dos pés.
Fernando Pessoa
sábado, 24 de dezembro de 2011
O Poder da Oração
Um comentário ao opúsculo de Alexis Carrell, "O Poder da Oração", para prefaciar um livro.
Doce virgem! Respondeste às minhas dúvidas com um milagre esmagador. Não sei compreendê-lo e duvido ainda, mas o meu maior desejo, a finalidade última da minha vida, é crer.
Recolhido de Alexis Carrell

Foi neste registo que os prosélitos do Estado Novo me deram a conhecer Alexis Carrell, incensado pela Igreja Católica e pela Mocidade Portuguesa, omnipresentes na minha juventude. Tendo reagido cedo a essa “cultura”, também esse meu ídolo desabaria dos altares: o investigador controverso que começara por desafiar a Criação e acabara adversário da ciência; o filósofo ateu que não resistira a um apelo religioso serôdio; o humanista e sociólogo fascinado por algumas teses do nazismo; e, sobretudo, o livre-pensador que, consumido numa transcendência não demonstrada, convivera com o holocausto.
Só depois de removidos escombros da Fé e do Império, que durante muito tempo ensombraram o meu espírito, consegui ver longe e admitir o óbvio: que Carrell é um marco incontornável da cultura universal… alguém que, na sua incessante busca da verdade e do desconhecido, conseguiu abrir novas fronteiras a toda a Humanidade. É certo que na recta final da sua vida, mais próximo de Pascal do que de Descartes, se perdeu no quarto escuro que foi a ocupação nazi: à deriva entre a razão e as emoções, ter-se-á esquecido de Freud que nos ensinou que a mente humana é uma criança atrevida e assustada, presa fácil de anjos e demónios. Mas não foi com Carrell que aprendemos que a Humanidade evolui facilmente em tecnologia, mas não intelectualmente, desfasamento que tende a degenerar a sua própria essência? E que se o Homem não for à procura de si próprio, se afastará do Mundo e cairá no abismo, um dos grandes paradoxos do mundo actual?
Arauto da sintonia entre o Homem e o Universo, um tema central nas civilizações orientais, Alexis Carrell teve a “coragem” de nos propor a oração como uma espécie de fármaco de excepção, uma alavanca entre Deus e o estranho coração dos homens, capaz de produzir milagres. Tratou-se de uma peregrinação pelo fantástico, mas desta sua nova tentativa de explorar os segredos do mundo conseguimos extrair duas lições: que o Homem e a comunidade científica não devem fechar nenhuma hipótese, por mais bizarra que se afigure; e que qualquer fé pode quebrar o desespero e a solidão, tornando-se num gerador de harmonia e paz interior, e de confiança, adjuvante terapêutico não negligenciável em muitos actos médicos.
Ao chamar a atenção para a necessidade de se olhar a Medicina para lá da Medicina, Carrell marcou fortemente o meu percurso humanista. Tenho, contudo, que as estrelas nos transcendem e que as areias nos tocam, que não é apelando a poderes celestiais, mas sim através de um melhor conhecimento humano, que podemos libertar a “energia” capaz de conduzir a “curas miraculosas”. Pois não é verdade que a Medicina pode sair reforçada, se existir o cuidado de se esbaterem as divergências que nunca cessam de borbulhar na mente dos homens?
Acreditando que podia captar alguma dessa “energia” terrena, desprezada, nos anos oitenta resolvi inaugurar uma tendência hoje em voga: inquirir os utentes e seus familiares sobre o acerto dos serviços prestados, à procura de focos de tensão que pudessem perturbar a sua “paz interior” e que interferissem com o nosso desempenho profissional. As informações que retirei dessa pesquisa foram notáveis, tendo “sido obrigado” a rever algumas práticas, sobretudo nas áreas do Atendimento e Relações Públicas. Alterações que logo se reflectiram no ajuste de muitos comportamentos reactivos, numa atitude mais positiva face à doença e seu tratamento, numa melhor aceitação das prescrições e numa evolução notável dos resultados clínicos. Se quisermos ir por aí… encontrámos uma nova alavanca capaz de “verdadeiros milagres”.
Não há sensor que possa medir esta estranha força, encerrada no coração dos seres humanos. E, no entanto, como ela é real, e eficaz, e como tantas vezes determina um novo olhar para o nosso semelhante e a quebra das nossas rotinas. Quantas vezes um médico não tem de “perder um minuto”, e de retocar uma história clínica ou alterar uma prescrição, ao reparar num sobrolho que se crispa, nuns lábios que se estreitam ou na sombra que lê no rosto do seu paciente? Quantas vezes a mão que estende não se revela muito mais eficaz do que a última novidade terapêutica? E quantas vezes não “vê” o céu de Alexis Carrell e a terra mais chã, unidos na perfeição, a girarem em perfeita sincronia? Pois não era Miguel Torga quem dizia que “é pouco sábio o médico que só sabe de Medicina”?
Bom Natal e um forte abraço do
Cândido Ferreira
Doce virgem! Respondeste às minhas dúvidas com um milagre esmagador. Não sei compreendê-lo e duvido ainda, mas o meu maior desejo, a finalidade última da minha vida, é crer.
Recolhido de Alexis Carrell
Foi neste registo que os prosélitos do Estado Novo me deram a conhecer Alexis Carrell, incensado pela Igreja Católica e pela Mocidade Portuguesa, omnipresentes na minha juventude. Tendo reagido cedo a essa “cultura”, também esse meu ídolo desabaria dos altares: o investigador controverso que começara por desafiar a Criação e acabara adversário da ciência; o filósofo ateu que não resistira a um apelo religioso serôdio; o humanista e sociólogo fascinado por algumas teses do nazismo; e, sobretudo, o livre-pensador que, consumido numa transcendência não demonstrada, convivera com o holocausto.
Só depois de removidos escombros da Fé e do Império, que durante muito tempo ensombraram o meu espírito, consegui ver longe e admitir o óbvio: que Carrell é um marco incontornável da cultura universal… alguém que, na sua incessante busca da verdade e do desconhecido, conseguiu abrir novas fronteiras a toda a Humanidade. É certo que na recta final da sua vida, mais próximo de Pascal do que de Descartes, se perdeu no quarto escuro que foi a ocupação nazi: à deriva entre a razão e as emoções, ter-se-á esquecido de Freud que nos ensinou que a mente humana é uma criança atrevida e assustada, presa fácil de anjos e demónios. Mas não foi com Carrell que aprendemos que a Humanidade evolui facilmente em tecnologia, mas não intelectualmente, desfasamento que tende a degenerar a sua própria essência? E que se o Homem não for à procura de si próprio, se afastará do Mundo e cairá no abismo, um dos grandes paradoxos do mundo actual?
Arauto da sintonia entre o Homem e o Universo, um tema central nas civilizações orientais, Alexis Carrell teve a “coragem” de nos propor a oração como uma espécie de fármaco de excepção, uma alavanca entre Deus e o estranho coração dos homens, capaz de produzir milagres. Tratou-se de uma peregrinação pelo fantástico, mas desta sua nova tentativa de explorar os segredos do mundo conseguimos extrair duas lições: que o Homem e a comunidade científica não devem fechar nenhuma hipótese, por mais bizarra que se afigure; e que qualquer fé pode quebrar o desespero e a solidão, tornando-se num gerador de harmonia e paz interior, e de confiança, adjuvante terapêutico não negligenciável em muitos actos médicos.
Ao chamar a atenção para a necessidade de se olhar a Medicina para lá da Medicina, Carrell marcou fortemente o meu percurso humanista. Tenho, contudo, que as estrelas nos transcendem e que as areias nos tocam, que não é apelando a poderes celestiais, mas sim através de um melhor conhecimento humano, que podemos libertar a “energia” capaz de conduzir a “curas miraculosas”. Pois não é verdade que a Medicina pode sair reforçada, se existir o cuidado de se esbaterem as divergências que nunca cessam de borbulhar na mente dos homens?
Acreditando que podia captar alguma dessa “energia” terrena, desprezada, nos anos oitenta resolvi inaugurar uma tendência hoje em voga: inquirir os utentes e seus familiares sobre o acerto dos serviços prestados, à procura de focos de tensão que pudessem perturbar a sua “paz interior” e que interferissem com o nosso desempenho profissional. As informações que retirei dessa pesquisa foram notáveis, tendo “sido obrigado” a rever algumas práticas, sobretudo nas áreas do Atendimento e Relações Públicas. Alterações que logo se reflectiram no ajuste de muitos comportamentos reactivos, numa atitude mais positiva face à doença e seu tratamento, numa melhor aceitação das prescrições e numa evolução notável dos resultados clínicos. Se quisermos ir por aí… encontrámos uma nova alavanca capaz de “verdadeiros milagres”.
Não há sensor que possa medir esta estranha força, encerrada no coração dos seres humanos. E, no entanto, como ela é real, e eficaz, e como tantas vezes determina um novo olhar para o nosso semelhante e a quebra das nossas rotinas. Quantas vezes um médico não tem de “perder um minuto”, e de retocar uma história clínica ou alterar uma prescrição, ao reparar num sobrolho que se crispa, nuns lábios que se estreitam ou na sombra que lê no rosto do seu paciente? Quantas vezes a mão que estende não se revela muito mais eficaz do que a última novidade terapêutica? E quantas vezes não “vê” o céu de Alexis Carrell e a terra mais chã, unidos na perfeição, a girarem em perfeita sincronia? Pois não era Miguel Torga quem dizia que “é pouco sábio o médico que só sabe de Medicina”?
Bom Natal e um forte abraço do
Cândido Ferreira
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
BOAS FESTAS
A todos os amigos/as do "Pedecabra" deixo os votos de boas-festas.
Tenho pena mas,este ano,o Pai Natal estatelou-se com o peso dos embrulhos,carregadinhos de impostos.
Talvez que no próximo ano,com o financiamento franco-alemão,chinês,angolano,brasileiro,etc.,o Pai Natal já tenha umas pernas novas.
Boas-Festas e poucas lágrimas!
RUI LUCAS
Tenho pena mas,este ano,o Pai Natal estatelou-se com o peso dos embrulhos,carregadinhos de impostos.
Talvez que no próximo ano,com o financiamento franco-alemão,chinês,angolano,brasileiro,etc.,o Pai Natal já tenha umas pernas novas.
Boas-Festas e poucas lágrimas!
RUI LUCAS
TAÇA DE PORTUGAL
Com a vitória de ontem a Briosa está nas meias-finais da Taça.
É um tempo bom para boas notícias.
Porque não ganharmos a final e recuperarmos a Taça,a primeira delas todas,que ganhámos em 1939?!
VIVA A ACADÉMICA
É um tempo bom para boas notícias.
Porque não ganharmos a final e recuperarmos a Taça,a primeira delas todas,que ganhámos em 1939?!
VIVA A ACADÉMICA
Etiquetas: Rui Lucas
MURO DAS LAMENTAÇÕES
Mur des lamentations à Jérusalem ....
Mur des lamentations en Grecia, Italia, España, Portugal, France....
Mur des lamentations en Grecia, Italia, España, Portugal, France....
Etiquetas: Bernardo Abranches Leitão
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