ALDEIAS DE PORTUGAL
ESTRANHAMENTE DELICIOSO
O quarto está gelado, mesmo cá longe, nos trópicos, e recordo-me de ti. A nossa casinha, história refletida da nossa vida, pedras que se acumulam no nosso amor, dias contados por raios de luz que a nossa vida agradeceu. A distância magoa, é verdade, mas é estranhamente delicioso sentir o poder desta lusitana saudade que me abraça no silêncio deste quarto gelado, envolto em altas temperaturas que não me aquecem. Como poderá ser deliciosa uma dor, interrogo eu o coração... e, como que em pulsações ensurdecedoras, sinto o que ele sente, que sentir dor é a mais pura forma de amar, pois se dói é porque existe de verdade. Lembro uma vez mais a nossa casinha humilde, as pedras que a fazem parecer um castelo, e recordo os tempos difíceis da construção do nosso lar, a espinha dobrada, as mãos rugosas e calejadas, o tempo que demorava a passar. Lembro o primeiro dia e o sorriso do nosso amor e sonho, sonho muito, de olhos abertos, sonho em regressar, em te abraçar, deixar os meus olhoso dispararem balas de sentimento sobre os teus e, gritar-te em silêncio que o que sinto não dói, quando te vejo. Aqui, cá longe, dói, dói muito, mas é estranhamente delicioso.
Foto: Abílio Cardoso Bandeira
Aldeia: Esporão - Góis - Coimbra
Texto: Esporão - Góis - Coimbra
O quarto está gelado, mesmo cá longe, nos trópicos, e recordo-me de ti. A nossa casinha, história refletida da nossa vida, pedras que se acumulam no nosso amor, dias contados por raios de luz que a nossa vida agradeceu. A distância magoa, é verdade, mas é estranhamente delicioso sentir o poder desta lusitana saudade que me abraça no silêncio deste quarto gelado, envolto em altas temperaturas que não me aquecem. Como poderá ser deliciosa uma dor, interrogo eu o coração... e, como que em pulsações ensurdecedoras, sinto o que ele sente, que sentir dor é a mais pura forma de amar, pois se dói é porque existe de verdade. Lembro uma vez mais a nossa casinha humilde, as pedras que a fazem parecer um castelo, e recordo os tempos difíceis da construção do nosso lar, a espinha dobrada, as mãos rugosas e calejadas, o tempo que demorava a passar. Lembro o primeiro dia e o sorriso do nosso amor e sonho, sonho muito, de olhos abertos, sonho em regressar, em te abraçar, deixar os meus olhoso dispararem balas de sentimento sobre os teus e, gritar-te em silêncio que o que sinto não dói, quando te vejo. Aqui, cá longe, dói, dói muito, mas é estranhamente delicioso.
Foto: Abílio Cardoso Bandeira
Aldeia: Esporão - Góis - Coimbra
Texto: Esporão - Góis - Coimbra
Etiquetas: Jota Elle
5 Comentários:
LUSITANA SAUDADE
Olá Nela! Beijinho e...saudades!!!
Continuo a seguir, com toda a atenção, o CAVALO SELVAGEM e, recorrentemente felicito o sr José Leitão pelas suas belas imagens e a Sra Dª Manuela Curado pelas suas pesquisas e ideias. Eu cá continuo a ler e a escrever sobre Gente Simples e vou inscrevendo regularmente as minhas histórias, mantendo a velha ortografia e respeitando ao máximo os velhos valores que nos ajudaram a crescer. Com votos de muita saúde e vontade ara continuarem deste amigo que estará convosco, naturalmente.
Continuo a seguir, com toda a atenção, o CAVALO SELVAGEM e, recorrentemente felicito o sr José Leitão pelas suas belas imagens e a Sra Dª Manuela Curado pelas suas pesquisas e ideias. Eu cá continuo a ler e a escrever sobre Gente Simples e vou inscrevendo regularmente as minhas histórias, mantendo a velha ortografia e respeitando ao máximo os velhos valores que nos ajudaram a crescer. Com votos de muita saúde e vontade ara continuarem deste amigo que estará convosco, naturalmente.
José M Valente
Gostei do texto! (Não percebi o autor...tem?)
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