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quinta-feira, 31 de julho de 2008

E do Alberto Palaio

Um verdadeiro representante do Bairro.
Alem de ter morado na Praça de Cabo Verde, viveu no seu melhor quando morou na Rua de Angola.
Foi Apache dos 7 costados. Não admira que duas professoras se tivessem apaixonado por ele.

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Ainda se lembram das manas?

ALVÔCO DAS VÁRZEAS, TERRA APACHE

Como o Zé Leitão anda lá pelos States, também deve gostar de saber disto.

A praia fluvial de Alvôco das Várzeas é, até ao momento, a zona balnear do concelho de Oliveira do Hospital com água de melhor qualidade. De acordo com a monitorização das águas que está a ser efectuada pelos laboratórios da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), durante toda a época balnear, aquela praia fluvial tem praticamente todas as análises a revelar uma água de “boa qualidade”. Já em Avô, que em matéria de infra-estruturas é considerada a rainha das praias fluviais do rio Alva, o cenário é diferente.
De todas as análises efectuadas pela CCDRC, a qualidade da água tem apenas a classificação de “aceitável”, uma vez que tem vindo a ser detectada a presença de alguma contaminação bacteriológica, mas em valores inferiores ao Valor Máximo Recomendado (VMR) imposto pelas directivas comunitárias.
Tal situação, significa que os utentes podem usufruir daquela pitoresca praia sem qualquer risco porque a água é “compatível com a prática balnear”. Para que os leitores possam estar informados sobre os resultados das análises, que vão sendo divulgados no site da CCDRC, basta clicar no nome da praia sobre a qual pretende obter informações: Avô ou Alvôco de Várzeas.

A Fauna que ultimamente nos tem visitado.

Um dos exemplares da fauna que nos tem visitado ultimamente. Qualquer dia deixa cá as asas.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

O Blogue regista os IPs

Tem havido algumas duvidas quanto ao controle e funcionamento do Blogue e dos seus Comentários.
Conforme indicação dada no Side Bar, este Blogue possui um ferramenta que regista e grava as visitas. Os IP’s ficam registados para controlo da origem dos comentários.
Esta atitude pode ser dissuasora de alguns agressivos comentaristas anónimos, pois acabará por ser simples, saber-se de que computadores são feitos esses comentários, qual a sua localização e o seu registo.
Como será natural, o bom senso imperará e não vai ser necessário divulgar quem são os agressivos comentaristas.
Como quem não deve não teme .... cá estaremos para dar continuidade e para gozar umas ferias descansadas.


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Este Blog regista as visitas. Os IP’s ficam registados para controlo da origem dos comentários.

O Lau preocupado com o Almoço de Mira

Já se sabe que nestas almoçaradas podem acontecer coisas interessantes. Com certas preocupações o LAU sugere que se faça uma refeição ligeira. Poderá acontecer-nos o que aconteceu ao seu amigo Williams lá no Canadá. Nem com Eno passava a dor de barriga.
Tambem está com receio que nos aconteça aquilo que acontece com a rapaziada na Queima das Fitas.No entanto informa-nos que poderá enviar este grupo de amigas para nos animar e matar saudades de Mira.Do Lau Reis

Ja temos o LAU a participar....

Cá tivemos de puxar a lingua ao Lau.
Por vezes ainda me rio das macacadas que se faziam no " rebeubeu " . Grandes tempos e grandes noites . Alvaro sempre foste um grande amigo e um homem de boa disposiçăo . Continuas igual !!!!!!!!
Sabes alguma coisa do João Monteiro ? Há uns anos encontrei-o em Aveiro , tinha lá o seu escritório .
Tenho visto as fotos no blog e pelos vistos a malta continua a comer bem e a beber ainda melhor !!!!!!!!!!!!!

É preciso ter um espirito futurista para enfrentar o dia a dia . Aperta aí os calos a essa maralha toda .

Fernando Beja , Palaio , Madeira , Luis e o Felicio com quem já tive o prazer de falar.............
Sempre em contacto um grande abraço
Do Lau Reis .

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Parece que vamos todos de Ferias.

Não estranhem....tambem queremos descansar.
Mais dia menos dia, vc tambem terão direito a descanso.
Deixem noticias na caixinha

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O ANTES E O AGORA - ROSA REMEDIOS ( RÓ )



A Ró morou, depois desmorou e agora mora novamente na Rua Infante Santo
De Rafael

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O ANTES E O AGORA - MARIA JOSE NEVES

A Maria José Neves desde a sua juventude até agora sempre morou no nosso Bairro na Rua Frei António Taveira.
Lá estará presente no Encontro de Gerações com suas irmãs Maria de Jesus Neves-Maricota e Maria Manuel Almeida Neves.
Do Rafael

O post que deu polemica.

Recebemos do Mario Fernandes este mail sobre um post que aqui foi publicado em 20 Maio, quase no inicio do Blogue.
Tendo vindo do Lau que se considerava ser um bom amigo do Mario e ate pela sua simplicidade, não parecia ser motivo de uma controversia que se gerou recentemente.
Como é natural, esta reacção apanhou muita gente de surpresa, pois as amizades que cada um tinha no bairro eram comuns aos dois.
Com isto, parece que os dois ficaram assim agastados.
Como é um post que foi publico aqui no Blog desde 20 de Maio, não seria normal que fosse retirado ou eliminado sem se dar tambem publico conhecimento aos colaboradores, operadores e leitores deste blogue.

Mail do Mario Fernandes
É com tristeza e admiração que vejo no blog( http://cavalinhoselvagem.blogspot.com/2008_05_18_archive.html ) a minha foto publicada com referências e insinuações que me parecem de muito mau gosto e que para além do resto, falsas :

" Lembram-se do Mário Fernandes, mais conhecido por "TOPA", que geralmente acompanhava o Sérgio nas suas digressões ?
Lau "

Não me parece que esta seja uma forma correcta de lembrar alguém, cuja postura sempre foi a de respeito pelos seus concidadãos.
Peço-lhe por isso o favor de retirar a foto e respectivos comentários que não são sinal nem de respeito nem de amizade para além de atentatória do meu bom nome por que falsas.
Não se tem um trajecto profissional e pessoal como o meu, durante todos estes anos s, para depois se pactuar com este vexame.
Os meus amigos, aqueles que verdadeiramente me conhecem, não gostam do que está exposto ( aliás eu nem tinha visto não fora o facto de vários AMIGOS me alertarem para isso...)
Um abraço amigo
Mário Fernandes

O post que ja foi retirado foi este:-

Lembram-se do Mário Fernandes, mais conhecido por "TOPA", que geralmente acompanhava o Sérgio nas suas digressões ?
Lau

Faleceu um amigo.....

Para dar conhecimento a quem o conhecia.
Faleceu o Manuel Casimiro Vieira Veiga (Miro Veiga), morou muitos anos na Rua Pedro Álvares Cabral, junto às escadas para a Rua de Moçambique.
Um abraço a todos e que Deus o tenha em descanso.
De Carlos Oliveira

Porco tatuado

Nem o nosso porquinho, escapa ás modernices

Do Oliveira

A Vila de Avô e as suas gentes


Brás Garcia Mascarenhas nasceu na Vila de Avô, em 1596. Foi estudar para Coimbra mas teve de fugir para Madrid perseguido pela justiça por ter cometido um crime. Viajou por vários países da Europa e fixou-se algum tempo no Brasil, regressando a Portugal na altura em que D. João IV é aclamado rei. Participou activamente nas lutas pela independência contra os Espanhóis e, sendo acusado de alta traição, foi preso. Absolvido pelo rei devido à falsidade das acusações, termina os seus dias escrevendo a epopeia em vinte cantos e oitava rima “Viriato Trágico”. Além desta obra, escreveu ainda Ausências Brasílicas e Labirinto do Sentimento na morte do Sereníssimo Príncipe D. Duarte, actualmente desaparecidas. Morreu em 1656.

Os bosques, em que está, vê deleitosos
Vê nascer entre os rios caudalosos
Nobre Vila em Península guerreira
Que com três edifícios sumptuosos
Ponte, Castelo, Igreja, honrando a Beira,
Enobrece Dinis, segundo Brigo,
Novo Restaurador do Reino antigo

Do Viriato Trágico, Brás Garcia de Mascarenhas

terça-feira, 29 de julho de 2008

A Estreia do Rui Mesquita

Jogo de Juniores na Figueira da Foz entre a Academica e o Ginasio Figueirense em que a Academica venceu por 3-0.
O celebre pontape no cu.
Do lado esquerdo o Alvaro e o Horacio na direita era o Barata e o Ernesto ( 5 ) preparados para lhe afiambrarem.

Não se lembram do Manuel Ribeiro?

Quando se ia a banhos.....

Ainda se lembram destes tempos? Não é verdade?


Vejam se reconhecem este pessoal.

YouTube - Istanbul (not Constantinople) - They Might Be Giants

DE PHNOM PENH PARA O BAIRRO!!!


Este casal virà expressamente do CAMBOJA para o Centro, estando presente para distribuir 350 bonés a todos os participantes no famoso encontro!
Vai haver emoções muito escaldantes!!
De Jose Oliveira

Afinal ja se encontrou o Mikinho....

O Bino Reis andava preocupado à procura do Mikinho do Aquario. Aqui o tem depois de uma pesquisa do Lino Ze.
http://www.pcp.pt/autarq/autarquias2005/candidatos/oeiras.htm

Amílcar Silva Campos
Cabeça de Lista da CDU à Câmara Municipal de Oeiras

Licenciado em Engenharia Mecânica no Instituto Superior Técnico. Desempenhou funções de Gestão, em Unidades da Indústria Alimentar do Estado, durante 19 anos; de Assessoria Técnica, na análise de propostas de diversos Concursos Públicos Internacionais e na construção de várias Unidades Industriais e Frigoríficas; e de Projecto, na Área da Hotelaria e Restauração.
Em 1982 foi eleito nas listas da CDU para a Assembleia de Freguesia de Carnaxide (antiga Freguesia), onde permaneceu até 1989.
Foi Vereador da Câmara Municipal de Oeiras, onde assumiu o Pelouro dos Transportes de 1989 a 1993.
Membro da Comissão Concelhia de Oeiras do PCP.
Pesquisa do LinoZe

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Finalistas do D.Joao III . Ano 65/66

(Façam favor de clicarem na foto para ver bem a rapaziada..e o Pulga tambem)
Esta foto cedida pelo João Simões encontram-se muitos meninos do Bairro e outros frequentadores ca do nosso burgo.
Ca estão e debaixo para cima: - O Ze Afonso da Rua Y ( de oculos claro), o João???? de capa e batina ( que tinha 2 bracitos pequeninos e era um brilhante aluno),o Fernando Quaresma, o Mario Dionisio, o Zeca Ferrão e se calhar mais algum que não descortinei.
Amigos que apareciam pelo bairro, o Castela ,o Apache Prof.Fausto Rocha,o João Simões que na altura era filho do deputado Dr. Augusto Simões de Poiares, o Pais de Faria das Alpenduradas,o Sansão Coelho, o Damião de Portunhos, o Judice, o Corte Real, o Seabra Pereira, o Brasfemes e muitos outros de que lembro bem da cara deles. Os nomes é que paciência....tratavamo-los por oh pá....
Façam o favor de se divertirem a descobrir essa rapaziada....e digam

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Martins de Carvalho - O Homem Invisivel

Já aqui referido como um dos Cromos do D. João III, o Homem Invisivel, “era um professor bisonho que nunca se ria, nunca sabíamos para que lado estava a olhar porque usava óculos escuros (…). Nós entrávamos naquela sala de aula como se entra numa igreja, sem nos rirmos”.
Não foi só na escrita ou na pedagogia que se destacou o Homem Invisivel, “que também assinava como Carlos Sinde”, Martins de Carvalho teve um papel importante na formação de muitos cavalinhos do Bairro.
Meu conterrâneo, natural de Barril de Alva-Coja, Alberto Martins de Carvalho, nasceu a 30 de Dezembro de 1901, era filho da cojense Laura Tavares Sinde e de José Martins de Carvalho de Barril de Alva. Casou-se, em 1929, com Judite Candosa Sinde, de Coja.
Licenciado em Direito e em Ciências Filosóficas na Universidade de Coimbra, foi um “aluno brilhante (…) na década de 20 do século passado” e foi “autor de muitos artigos – destacando-se a sua colaboração no Guia de Portugal e no Dicionário de História (dirigido por Joel Serrão) – e comentários, de obras de tradução e de anotações, entre outras, para além da participação desde a primeira hora em proeminentes Revistas literárias, como foram os casos da Presença, Vanguarda, Bysancio, Revista de Portugal, Manifesto e da Palestra”. Martins de Carvalho também teve um papel importante “enquanto pedagogo, primeiro na Escola Normal Superior de Coimbra e, posteriormente, no Liceu Central de Coimbra, Liceu D. João III, hoje Escola Secundária José Falcão”.
Pesquisa do Apache

NA NOITE EM QUE AS ESTRELAS CAÍRAM NO MONDEGO

Estávamos no início de Agosto de 1966. O dia estava quente e calmo! Não prometia nada de extraordinário. Engano meu! Por volta das 7 horas da noite temos a notícia que tinha chegado à Larbelo um grupo de 15 rapariguinhas inglesas, com idades entre os 20 e os 30 aninhos.
Há que reunir as tropas para as convidar para ouvir fados no Rochedo. Muito a custo, o Amilcar (Mikito) lá conseguiu convencer o Silva (seu tio e dono da Larbelo) a ceder o Rochedo para as miúdas ouvirem uns fados.
O Silva não gostava muito destes grupos, porque já sabia que não haveria despesas no bar, mas cedeu-nos as instalações. Depois de jantar, lá aparecemos uns 10 ou 12 gandulos e eu armado de viola e voz preparada.
Houve fados (the typical Portuguese song) e de seguida uns discos com música adequada para dançar. Lá fomos escolhendo os pares e depois de alguns passinhos de dança, há que convidar a miúda para vir até ao jardim, ver Coimbra by night.
Estava eu virado para o Mondego a explicar no meu melhor inglês que "over there you can see the Mondego river crossing Coimbra City", quando, atónito, sinto que a cintura das minhas calças, já tinha descido para o nível dos joelhos!!!
Incrédulo, ainda perguntei: "Can you see it?", mas a garota já não respondeu, tão ocupada que estava!!!
Eu gemia, ela não dizia nada!!! Nunca na minha vida tinha visto o céu tão estrelado e continuava a gemer! De tal maneira gemia que alguém me perguntou se eu estava bem! "Ó Alfredo estás bem? Parece que vais morrer"!
Só fui capaz de responder com voz arrastada: "Se é a morte a chegar, deixa-me morrer!".
Ainda hoje recordo aquele céu todo estrelado e tenho a certeza absoluta que algumas das estrelas cairam nas águas do Mondego!
Alfredo

Cumprimentos e Felicitações

Este grupo de rapazes, reunido esta manhã na esplanada do Samambaia, vem cumprimentar e felicitar o Álvaro pela sua dedicação ao associativismo, reconhecida na recente condecoração que lhe foi atribuida pela Câmara de Loures.
Um abraço. Até breve.
Ass.:Miro Polónio, Pedro Martins, Armando Rovira e João Polónio.

CALOIROS DO BAIRRO EM 1965

1- Raul, Joao Jose, Fernando Freire, Rui Felicio, Toninho Ramos, Alvaro Apache, ??, Chaves, Vasco Agoas e Eduardo Medeiros
2- Simão, ??, Bino Reis, ??, Vitor Costa, Zeca Cabral, Pedro Sousa Dias, ??
3-Rui Pato,??. Casais, ??, Nene,??,Mikinho , Ze, Vitor Soares
Uma série de amigos, hoje carecas e cheios de rugas, quando caloiros (1965), em frente à casa onde eu morava (Rua de Angola, 53-r/c). O Doutor que está sentado, com o grelo nos braços, é o Alberto Lopes Casais, morador no Bairro e que foi um grande Engenheiro Mecânico; é um tipo porreiro (descobri-o há cerca de um mês, telefonei-lhe, soube que já estava reformado e informei-o sobre o blogue). Que será feito de alguns dos outros que estão nas fotos? Por exemplo, o Marinho (Mário Dionísio)? Já agora, já apareceram o António Gomes (penso que Cardiologista no IPO) e o Reis Marques (Psiquiatra), ambos da Rua de Angola? E o Nelinho Pisca-Pisca?
Um grande abraço para todos
De Albino Reis (Bino Zé)

QUEIMA DAS FITAS DE 1967 COM ALGUNS “ORDINÁRIOS” DO BAIRRO

Esta fotografia, tirada no Largo da Portagem, é da Queima das Fitas de 1967, embora a malta que lá aparece fosse toda do segundo ano de Engenharia. Como se lembram, só havia os três anos Preparatórios e, depois, tínhamos que optar por Porto ou Lisboa. Assim, tive Queima em Coimbra e, depois, no Porto. Na foto, podemos ver alguns “ordinários” de então, a começar por mim, o To Mane Quaresma, o Mikinho (Café Aquário), o Jorge Faria e Costa (dos Combatentes, mas frequentador do Bairro), o Norton de Matos (encontrei-o, recentemente, na Póvoa de Varzim) e o Bolota (de nome Carlos Correia, salvo erro, tocava guitarra eléctrica nos Scoubidous ou num outro qualquer Conjunto Musical da época, e é Professor na Universidade de Coimbra). Adorava estar com o Mikinho (Amílcar Campos), um grande amigo meu daquela época, e com quem, aos 17 anos, viajei, pelo Norte de França, durante um mês, com cenas diabólicas, tais como termos sido presos em Biarritz por dormirmos num autocarro abandonado (o dinheiro não dava para luxos!) o que levou a sermos considerados vagabundos; se alguém souber dele, agradeço o contacto.
Um grande abraço
De Albino Reis (Bino Zé)

O ANTES E O AGORA - MARIA JULIA (JUJU)


Maria Julia viveu na Rua Infante Santo

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COIMBRA QUINTET ORIGINAL


Gosto de responder aos desafios, mas além das generalidades que já apontei (ver comentário em Coimbra Quintet), relativamente à qualidade da gravação, ao cuidado com que foi preparado e ao intérprete que, há última hora, foi substituído, os comentários adicionais que este disco me sugere são a análise dos temas escolhidos, o enquadramento das suas introduções instrumentais e a qualidade vocal do Góis.
Como compreenderão isto daria para uma tese de doutoramento... De qualquer modo, importa recordar que o Góis, após a gravação deste disco, teve convites para se dedicar ao canto clássico, que este disco foi e é um dos mais vendidos na discografia portuguesa, que é um dos últimos em que um dos seus intérpretes da viola (Levi Baptista) usa viola de cordas de aço, o que dá ao grupo uma sonoridade que, posteriormente não mais se ouviu, pois os "violas" em Coimbra, ao contrário dos de Lisboa, deixaram de usar as cordas de aço e passaram definitivamente para o nylon, o que, no meu entender, trouxe um apagamento do papel da viola.
Este disco também fez escola nos grupos de Coimbra, pela constituição dos seus elementos: o Primeiro Guitarra, o Segundo Guitarra, o Primeiro Viola e o Segundo Viola.
O modo como estes "naipes" se organizavam, com papéis muito definidos e complementares, sem que houvesse redundâncias, perdurou até meados dos anos 60.
Perdeu-se bastante dessa "orquestração" diferenciada por instrumento e com o advento dos grupos mais pequenos, deixou de haver, por exemplo, papel definido para o "segundo viola".
Termino afirmando com convicção que a "Balada de Coimbra" que está nele gravada , foi interpretada até hoje por inúmeros guitarristas de Coimbra, incluindo o Artur Paredes e o Carlos Paredes.
Mas creio que os estudiosos destas coisas concordarão que esta é a "Balada de Coimbra" de referência.
Rui Pato

Esta é a capa original - um LP de 10" - de "Serenata de Coimbra" pelo Coimbra Quintet, gravado em Madrid em 1957.
Como leram, o Rui Pato respondeu com o brilhantismo que lhe é característico ao desafio que lhe foi feito. Alguém tinha dúvidas? Vamos desafiá-lo mais.

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IDEIAS DE INTERESSE PARA O GRANDE ENCONTRO

Começo por felicitar o Fernando Rafael pela iniciativa deste grande almoço. Tenho alguma experiência de tentativas semelhantes, particularmente no âmbito Universitário, e nunca vi um processo tão dinamizador como este. Notável! Sinto também que devo felicitar o Gim e o Álvaro por toda a eficácia na gestão do blogue.
Penso saber apreciar este trabalho, pois, além de uma das Disciplinas a meu cargo, em Pós-graduações e Mestrados, ser Comportamento Organizacional, já dei a Engenheiros, Economistas, Gestores, Presidentes de Câmara e Deputados, mais de 30 edições de um Curso intitulado "Gerir o Tempo e Organizar o Trabalho; Desenvolvimento da Eficácia Pessoal".
20 valores para o Fernando Rafael, Gim e Álvaro! Muito obrigado, também!

Feita a introdução, gostaria de dar umas ideias para o almoço de 18 de Outubro, pedindo desculpa se estiver "a ensinar o Pai Nosso ao Sacristão". Aqui vão elas:
- Porque não, antes do almoço, um passeio de 30-40 minutos, digamos, com todos os Participantes, e com os gaiteiros à frente, pelo Bairro (duas ou três Ruas principais)?
- Penso que se deveria guardar um minuto de silêncio, antes do almoço, por todos os amigos já falecidos.
- Uma palavras de gratidão ao Fernando Rafael, Gim e Álvaro, por todo o trabalho que fizeram.
- Contratar um Fotógrafo para fazer a reportagem fotográfica do almoço.
- Contratar um profissional para fazer uma reportagem, em DVD, sobre o almoço. Depois de editado e aprovado pelos Organizadores, seria enviado a todos os Participantes. O preço deveria ser incluído no do almoço.
- Esse DVD deveria incluir a Lista de todos os Participantes, com a seguinte informação: morada, telefones, email, profissão, Organização/Empresa onde trabalha e cargo que ocupa.

Porquê? Uma das coisas que aprendi na Universidade Inglesa onde me doutorei foi a importância do que eles chamam "friendly alliance of minds". Eles cultivam a ideia de "network" de antigos alunos, admitindo que se possam ajudar uns aos outros.
A título de exemplo, há anos, no âmbito de uma ligação que tenho a uma grande Empresa deste País, foi preciso arranjar bons contactos no Mundo Árabe. Lembrei-me do Rashad, meu colega de Mestrado, que entretanto tinha sido Secretário de Estado da Energia da Jordânia e, quando me visitou, em 1994, estava no Banco Mundial. Teria sido fácil arranjar alguém que desse uma lista enorme de contactos, O Rashad limitou-se a dar apenas três (só "sumo"!). E valeu a pena! Outra vez, tinha um projecto de Engenharia que não era fácil e resolvi-o, em uma semana, com a ajuda de um colega japonês.
Poderia dar muitos exemplos semelhantes em Portugal, etc., etc., etc.
Quero com isto dizer que todos nós temos filhos e netos e que, quem sabe se não virão a precisar uns dos outros e de nós.
Acreditem que fico feliz da vida, quando me aparece um jovem Aluno que, por acaso, é filho de um ex-aluno ou neto de um amigo. Não se trata de "cunhas", mas sim de dar um conselho, uma orientação.
A vida não está fácil e parece-me que esta ideia pode ser muito útil para todos.
Espero que estas ideias sejam úteis
Um abraço
Do Albino Reis (Bino Zé)

HISTÓRIAS SIMPLES CÁ DA GENTE DO MEU BAIRRO

Nos anos 80, no âmbito da organização de um Congresso Europeu, em domínios da Energia, decidi pedir um Patrocínio ao Ministério da Indústria e Energia. Era Ministro o Eng. Bayão Horta. Depois de passar pelo procedimento burocrático habitual, disseram-me para ir falar com o Director Geral do Planeamento Industrial. Marquei audiência e lá fui eu, na esperança de conseguir umas “massas”. O Sr. Director Geral recebeu-me, bem vestido, muito formal e de aspecto ministeriável, isto é, com pelo menos 10 dioptrias e com aquele ar de quem se penteia com o cu do pente!
Expliquei tudo muito bem, alertando para a escassez de recursos energéticos no presente e no futuro e respectivas consequências. O ambiente formal mantinha-se. Eu, cá para mim, pensava: estou lixado, deste tipo não levo nada! Ao fim de algum tempo, com um ar cerimonioso e um sorriso de gozo diz-me assim: “Sabe, eu costumava ir aos bailes na sua garagem!”.
Embora ele se tivesse apresentado, confesso que não me lembrava do nome do gajo. Perguntei-lhe e ele respondeu: “Júlio Pires, Rua de Angola”. Era o Julinho, que morava ao lado da Gabriela Sardinha, e que depois de uma brilhante carreira como Economista, está já reformado, embora fazendo consultoria. Bom, depois … foi só rever a matéria!
Posteriormente, encontrei-o várias vezes e almoçamos juntos, sempre no Bairro Alto, na companhia do Armando Beja Madeira (além de amigos, são vizinhos), também do Bairro. Já agora, foi-me concedido o Patrocínio. O Parecer tinha sido favorável e o Sr. Ministro despachou!
O espírito do Bairro Marechal Carmona tinha funcionado!

Um grande abraço
Do Albino Reis (Bino Zé)

O Casal Rosa Maria e Fernando Malhão

Quem não se lembra deste casal enquanto jovem?
Um casalinho do Bairro que já na altura era um exemplo de namoricos.
Andar de mão dada e de braço dado aos 13-14 anos era assim que este casal se passeava pelo Bairro.
A Rosa Maria antes de ir para a Rua de Moçambique morou por cima do Vasco da Gama, na casa onde mais tarde morou o Jorge Lopes, ou seja por baixo da casa do Eloi.
A Rosa Maria com 13-14 anos era já uma senhorinha que usava meias de vidro e metia as garotas dos 17-18 anos num chinelo.
Passados estes anos, recorda-se assim este casal do bairro.
Rafael enviou foto

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COIMBRA QUINTET


Quando aparece a fabulosa gravação a que a Philips chamara de Coimbra Quintet, com o António Portugal e o Jorge Godinho na guitarra, o Manuel Pepe e o Levy Baptista na viola, e a voz única de Luiz Goes, primeira gravação profissional da música de Coimbra, nada voltou a ser igual. Disco de culto, qualquer que seja o formato, chegou a todas as partes do mundo pela força da interpretação no canto, mas também pela nova sonoridade das guitarras e violas, e justo será referenciar aqui o trabalho de António Portugal.

Octávio Sérgio (guitarrista e investigador)

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domingo, 27 de julho de 2008

O FRANCESAME E COMO SE FALAVA FRANCÊS CORRECTAMENTE

Lembram-se que na nossa juventude era preciso ter alguma paciência até conseguirmos o “mão-na-mão”, “a mão no ombro”, etc. etc., com as nossas namoradas. E a coisa ficava por aí! Nada de confianças! Face a esta falta de liberdade das nossas raparigas, havia uma saída muito mais interessante do que outras, então habituais, mas menos atractivas e mais perigosas.
Refiro-me ao “estrangeirame”, em geral, e ao “francesame”, em particular. Por esta altura do ano (Verão), havia, em Coimbra, grupos organizados que se foram especializando em ataques incríveis a estas interessantes raparigas.
Era usual, por exemplo, ir até à Estrada da Beira, a uns cinco ou dez kms de Coimbra, encostar o carro e aguardar que passasse um de matrícula francesa com duas ou três “jeune filles”. Depois, era só segui-las e tentar chegar à conversa.
Voulez vous boire du vin vert?”,Voulez vous écouter le fado ?”,Voulez vous manger du coquillage ?”, e outras perguntas do género. Eu também tinha um Grupo destes formado por mim (um caloiro) e dois ”Catedráticos” na matéria, ambos do Bairro, que eram o Armando Beja Madeira e o Álvaro Correia dos Santos (mais conhecido por Corsan).
Aquilo que fazíamos era de loucos, como prova a fotografia. Eu conto o que se passou. Três jovens Brasileiras (desta vez, por excepção, não eram Francesas!). Fomos visitar o “Rocher de la Nostalgie” (Penedo da Saudade).
Uma delas, com apenas 16 anos, pediu-me para conduzir o meu carro. Deixei! Passado um bocado, ouvimos um grande estrondo. A rapariga tinha-se estampado contra um poste. Não fora o poste, talvez tivesse ido parar ao Calhabé!!! Felizmente, não se feriu. Quem passou um mau bocado fui eu: fiquei sem carro durante bastante tempo!
Quando, há anos, resolvi contar estas coisas aos meus filhos, atiraram-se para o chão a rir e a gozar. Quando, hoje em dia, pergunto à malta nova se atacam o “Francesame” olham para mim como se estivessem a ouvir um anormal. De facto, reparem bem, já não se vê este “filme” há uns anos. Para quê “francesame” se o “portuguesame” (já com liberdade total) é muito mais interessante!
Contudo, apesar desta loucura toda, havia um ponto positivo e de louvar. Falava-se Francês correctamente e passo a dar alguns exemplos, com a respectiva tradução entre parenteses.
«Tu est ici tu es dans l’eau » (Estás aqui, estás na água) ; « Ici c’est l’Avenue Sá et Drapeaux » (Aqui é a Avenida Sá da Bandeira); “Voulez vous un peux de frommage de pendre? » (Queres um bocadinho de queijo de Tomar ?) ; « J’aime toi plus qui aller à la messe” (Gosto mais de ti do que de ir à Missa); “Ranheuse!” (Ranhosa!); “Nous allons dinner à la grand table froid” (Vamos jantar a Mesão Frio) ; « Prennez qui n’est pas un fer rouge » (Agarra que não é nenhum ferro em brasa).

Espero que se tenham rido um bocado!

Albino Reis (BinoZé)

Ah! Ah! Ah! - reacção de ADM

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CORDÃO UMBILICAL

A Praia da Costa da Caparica. As primeiras férias da família, eu e os meus irmãos. O meu pai, calado, solitário, austero
(diz algo que valha mais do que o silêncio)
a minha mãe o seu complemento. Porque regressamos tantas vezes às memórias? São pedaços de nós desfocados que se agarram como folhas de papel electrizadas depois de friccionadas. Se queremos que nos larguem temos que as agitar com força mas o melhor que conseguimos é transformá-las em sonhos.
...
caminhos. O grande carro preto que emprestavam ao meu pai na Auto-Industrial, sete seres lá dentro mais os dois grandes baús no cimo daquele monstro. A longa viagem de muitas horas com direito a furos e a lanche pelo caminho. Escolher o maior bolo para sentir que está dentro de mim. Uma bola de Berlim
(há com creme ou sem creme!!)
ou uma almofada (também lhe chamavam livro, creio): um paralelepípedo com um sulco descentrado onde se insere um creme branco delicioso. Só fica completo com a cobertura de açúcar branco, muito fino. A ida para a praia de manhã ladeado por casas miniaturas, com quintais, canteiros de flores, habitações permanentes
(dizem-me que é um parque de campismo)
de quem não tem alternativa. O passeio prometido ao Portinho da Arrábida com um almoço-lanche, frugal, religiosamente embrulhado num saco de papel pardo. A camioneta avança devagar serpenteando serra acima escolhendo caminhar pelas entranhas do ralo monte. É belo o mar visto do alto, parece manso, lá em baixo o porto em forma de meia lua, os minúsculos barcos coloridos com nomes de santos. A viagem é o pretexto, o conteúdo do saco de papel pardo o objecto do desejo. Para lá chegar temos que ir a pé.
(larga-me as saias. não são saias, mãe, é a vida)

visões. Federação Nacional para a Alegria no Trabalho. FNAT. Alinhadas as camaratas
(dizem-me que se parecem com as da tropa, cá e lá, na guerra)
edifícios baixos que se prolongam longitudinalmente . Separam-nos, os quatro rapazes numa, apinhados em quatro beliches, a minha irmã, o meu pai e
(larga-me as saias. não são saias, mãe, é a vida)
a minha mãe noutra. Descobrimos a casa central, o palco das diversões. Os meus irmãos fixam-se nos bilhares eu olho hipnotizado para um objecto com aspecto de pessoa, amputada do corpo. Tem uma grande cabeça, transparente. O nariz tem uma única cavidade e uma protuberância que podemos rodar 180 graus. Mais abaixo a boca. Quando o nariz inala uma moeda de um escudo e o torcemos, a boca vomita uma parte do visível cérebro
(dizem-me que são amendoins)
mais parece uma bola de cristal.

cheiros e sons. O mar grita connosco ritmicamente. Avisa-nos dos seus perigos e nós gritamos também para o assustar. A praia, não digo esta pois não há outra, não tem rochas, nem mexilhões, só água. Cheiro novo
(dizem-me que é do iodo)
é grande o mar, podemos perder-nos
(larga-me as saias. não são saias, mãe, é a vida)
ao tomarmos um banho de sal.
Depois do corpo cansado, o almoço na cantina com uma enorme mulher de farto peito a despejar comida, tachos e marmitas de alumínio
(dizem-me que se parecem com as da tropa, cá e lá, na guerra)
em competição ruidosa com as nossas vozes. O cheiro a pinhal sempre se confundiu com o cheiro a férias. A bola de cristal fala-me do Pinhal de Leiria, de S. Pedro de Muel, do Luís Soares. Apanhar pinhões, embalar o sono numa cama de rede presa a dois pinheiros.


sabores. O mar é princípio de novos sabores. Os sacos de celofane contendo lá dentro muito sal e óleo, dando forma a batatas laminadas, batatas fritas. E as bolachas americanas? Aquele cilindro branco enorme que usa um homem todo vestido com a cor da rendição para nos conquistar
(psst! ò faz favor)
a tampa com uma roleta no cimo e números de um a seis. Tudo é possível basta rodar e ... um! Sempre assim. A bola de cristal ainda não me ensinara cálculo de probabilidades, tantos uns e só um seis. Americanas porquê? Porque se chamam assim
(dizem-me que é da América)
estes objectos do desejo?

tacto. A praia é o maior e mais democrático brinquedo do mundo. A areia é só nossa e é de todos. A bola de cristal esqueceu-se de me dizer que há praias com donos. Não se deve mentir às crianças. Será verdade? As mãos são o instrumento total: são formas, pás e ancinhos. A nossa imaginação é o limite.Fazemos e logo desfazemos. A natureza deu-nos tudo o que precisamos. Só falta
(larga-me as saias. não são saias, mãe, é a vida)
brincar com os outros, socializar-me.
...
As memórias são como pastilhas elásticas. Agarram-se a nós ferozmente e não nos largam. Se as agitarmos desesperadamente o melhor que conseguimos é transformá-las em pesadelos. De novo o grande carro preto, agora de luto. Os rituais de despedida. Bastaram cinco dias para passar do tudo ao nada. Sou filho de mim próprio e o antepassado que fui não se lembra disso. A bola de cristal não lhe mostrou. Foi boa e mentiu. O meu pai irremediavelmente calado e austero, a minha mãe agora sua igual. A solidão suspensa por breves instantes. É o fim da viagem.

(a vida larga-me. não, mãe, agarra-te às minhas calças)

As memórias são ...

Jó-Jó

ÁLVARO APACHE ESTÁ TRIPLAMENTE DE PARABÉNS!!!







O nosso querido amigo Álvaro Apache está triplamente de parabéns!!!
Para já, pelo sucesso do blogue, depois porque faz hoje 34 anos de casado, finalmente, porque foi agraciado pelo presidente da Câmara Municipal de Loures (presumo que a condecoração nada tenha a ver com o casamento!).
Não. A medalha municipal de Mérito e Dedicação foi atribuída ao Álvaro pelo modo relevante como o nosso cavalinho contribuiu para o bem-estar das populações, vg, da Portela.
Congratulo-me pelo facto de a medalha não ter sido atribuída a título póstumo (desculpa, Rui, é tão-só humor negro, nada mais!).
Como o Álvaro teve vergonha de colocar este post, pediu-me a mim para o fazer (ah! ah! ah!)
E não me venham cá dizer que os Apaches eram uns corréccios! Ora vejam lá o Álvaro de fatinho e banho tomado a dar um abraço ao autarca!

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MEIA GERAÇÃO XS NUM QUARTO

Andava eu a estudar por Paris quando o pessoal do Bairro me visitava para eu parar de chorar. A foto regista o momento.




A geração XS

Podemos ver da frente para trás:
A Olinda Rafael pensativa, meia cabeça do Jorge Abegão e um quarto de copo, eu com o copo cheio a mostrar não sei o quê a Quim Madeira, o Couceiro (também conhecido por Nosso Tozé, com bigode e olhar de galã - tinha fama e proveito), a Graça Couceiro a espreitar por cima do irmão e a Lurdes Abegão a olhar enternecida para um chouriço dobrado ao meio (seria por isso?).

E tudo isto coube num minúsculo quarto de estudante na cidade universitária. Ainda levei esta malta a uma academia de cerveja na rua Souflot, junto ao jardim do Luxemburgo (onde está o Panteão). E perante centenas de cervejas de todo o mundo o que é que o  pessoal pediu? SAGRES!!? Disseram-me que estavam com saudades do Mónaco...

Jó-Jó

sábado, 26 de julho de 2008

7º Campeonato do Mundo de Pesca à Pluma Juniores 2008 - Moura Morta

Uma informação util para os pescadores desportivos do Bairro sobre o Campeonato do Mundo de pesca à Pluma que se realizará na Zona Centro, nos Rios Mondego, Alva e Ceira.

7th FIPS Mouche Moura Morta

World Youth Fly Fishing
Portugal 2008
03 a 10 de Agosto

Localização dos Sectores e Zonas de Treino

Os locais serão:

Rio Mondego:

Zona de Prova: tramo de rio limitado a montante pelo açude da mini hídrica da Raiva (Penacova) e a jusante pela Ponte de Louredo.

Zona de Treinos: tramo de rio limitado a montante pela Ponte de Louredo e a jusante pela Foz do rio Ceira.

Rio Alva I:

Zona de Prova: tramo de rio limitado a montante pela Barragem das Fronhas e a jusante pelo açude da Moura Morta.

Rio Alva II:

Zona de Prova: tramo de rio limitado a montante pelo açude da Moura Morta e a jusante pelo açude de Chã.

Zona de Treinos: tramo de rio limitado a montante pelo açude de Chã e pela Ponte do IP3.

Rio Ceira I:

Zona de Prova: tramo de rio limitado a montante pela ribeira da Carrimã e a jusante pela povoação da Sandinha.

Rio Ceira II:

Zona de Prova: tramo de rio limitado a montante pela mini hídrica de Góis e a jusante pela Ponte de Gois.

Zona de Treinos: tramo de rio desde o limite a jusante de Ceira I até o limite a montante da Ceira II e a Montante de Ceira I até Zona de Abrigo e a Jusante de Ceira II até foz do rio.

A VOLTA A FRANÇA !!!


Longe vão os tempos
Longe vão os tempos onde a Volta à França conseguia atrair uma curiosidade muito particular em Portugal. Os cafés enchiam para se acompanharem as peripécias do homem da Bairrada (ALVES BARBOSA) e do expoente maximo do ciclismo em Portugal, o malogrado JOAQUIM AGOSTINHO!!
Como é obvio, tal como o futebol, o ciclismo tambem chegou a influenciar os putos do Calhabé!
Nós proprios chegàmos a fazer circuitos à volta da Praça de Cabo Verde. A competição era àrdua e as quedas sucediam-se Uma vez, o Victor Soares (que tinha boa pedalada) sofreu um acidente relativamente grave pois ao cair enfiou os travões num joelho!!AiAi!!
A Volta à França termina no proximo domingo com a tradicional chegada aos Campos Eliseos em Paris. Depois do contra-relogio desta tarde e salvo azar de ultima hora, o espanhol Carlos SASTRE será o digno vencedor desta edição 2008, que, tais como as edições anteriores, ficou manchada pelos multiplos episódios de dopagem. Um flagelo dos tempos modernos!
Com a tecnologia avançada em matéria de despistagem, é preciso ser-se LOUCO para escolher essa opção!
Se não houvesse controles, eles chegariam à meta de pele e osso (como se pode vêr na foto)!!!!!
Há por ai quem faça 'bicicleta de corrida' ? (nome que atribuia-mos na altura) .
De Jose Oliveira

Na casa dos 30 ou 40 anos


De certa forma, o destino das raparigas na casa dos trinta ou quarenta anos corre o risco de ser pior do que o meu. Quando casei, o que de mim se esperava, além da procriação continuada, era que passasse o dia a arrumar a casa, a cozinhar pratos requintados e a vigiar a despensa. Hoje, a estas tarefas vieram juntar-se outras. As mulheres modernas são também supostas ser boas na cama, profissionais competentes e estrelas nos salões. Mas isto é uma utopia. Nem a mais super das supermulheres pode levar as crianças à escola, atender os clientes no escritório, ir à hora do almoço ao cabeleireiro, voltar ao escritório onde a espera sempre um problema urgente, fazer compras num destes modernos supermercados decorados a néon, ler umas páginas de Kant antes de mudar as fraldas do pimpolho, dar um retoque na maquilhagem, telefonar a três "babysitters" antes de arranjar uma, ir ao restaurante jantar com os amigos do marido, discutir a última crise governamental e satisfazer as fantasias sexuais democraticamente difundidas pelos canais de televisão. Estou a falar, note-se, de mulheres socialmente privilegiadas. A vida das pobres é um inferno sem as consolações de que as suas irmãs de sexo, apesar de tudo, usufruem.
De Maria Filomena Mónica

O ANTES E O AGORA - TÓ MELO E SILVA



Estimados cavalinhos (as):

Tomei conhecimento deste " blog" há dias e, não só fiquei maravilhado como me tornei assíduo da sua leitura.

Tem-me dado muito gozo e satisfação além de matar muitas saudades desses tempos (anos 60 e não só).

O relembrar dos companheiros da escola primária (classe de 53/54) e todas as nossas diabruras (brincadeiras) passando depois para os tempos de " teenager" onde se enquadram todas as histórias já mencionadas e outras, com especial relevância para as que estão relacionadas com o GRECO e de uma forma geral com o nosso BAIRRO.

Por tudo isto agradeço aos mentores deste projecto e a todos os que nele colaboram.

Para que me possam situar no tempo e no espaço aí seguem duas fotos, uma que, me transporta para esses anos maravilhosos e outra mostrando a minha aparência actual. (espero não desiludir).
Prometo voltar à "antena" brevemente, expondo, alguns "flashes" escritos conjuntamente com algumas fotos. (se as encontrar).

Um fervoroso abraço a todos e todas.

De Tó Melo e Silva

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45.000 Entradas no Blog

Hoje e no dia da minha Condecoração por Merito e Dedicação, lá atingimos as 45.000 entradas às 9h00 da manhã.
Mesmo em tempo de ferias, a vitalidade do Blog é evidente. A participação das meninas, é já uma onda crescente que evidencia as suas qualidades guerrilheiras.
Parabens a todos.
Alvaro Apache

APANHÁMOS OS ANÓNIMOS!!!!


sexta-feira, 25 de julho de 2008

ACTIVIDADES DO CENTRO

ACTIVIDADES DO CENTRO NORTON DE MATOS

ÉPOCA 2008/2009
ESTÃO ABERTAS AS INSCRIÇÕES

A proposito de Nefertiti


As origens familiares de Nefertiti são pouco claras. O seu nome significa "a mais Bela chegou", o que levou muitos investigadores a considerarem que Nefertiti teria uma origem estrangeira, tendo sido identificada por alguns autores como Tadukhipa, uma princesa do Império Mitanni (império que existiu no que é hoje a região oriental da Turquia), filha do rei Tushratta. Sabe-se que durante o reinado de Amen-hotep III chegaram ao Egipto cerca de trezentas mulheres de Mitanni para integrar o harém do rei, num gesto de amizade daquele império para com o Egipto; Nefertiti pode ter sido uma dessas mulheres, que adoptou um nome egípcio e os costumes do país.
A 6 de Dezembro de 1912 foi encontrado em Amarna o famoso busto da rainha Nefertiti, por vezes também designado como o "busto de Berlim" em função de se encontrar na capital alemã.
O busto de Nefertiti mede 50 cm de altura, tratando-se de uma obra inacabada. A prova encontra-se no olho esquerdo da escultura, que não tem a córnea inscrustrada

HABITADOS PELO MEDO

Fomos educados com base em princípios simples. Por exemplo, o dualismo cartesiano que nos leva a classificar tudo em duas classes: preto branco belo feio céu inferno tinto branco. Os matemáticos como são esquisitos até deram um nome à coisa: princípio do terceiro excluído: ou se é ou se não é mas nunca ambos. Mas a vida essa nossa casa passageira está constantemente a desmentir este princípio da divisão dicotómica. Pensemos num remédio. Numa óptima reducionista ele ou é bom ou é mau. Mas todos sabemos que ele pode ser simultaneamente bom e mau. São os famosos efeitos secundários, que os militares apelidam de danos colaterais. Um tipo toma um antibiótico por causa de uma extracção dentária e fica de diarreia. Há mesmo quem diga que um remédio que não faça nada já é bom. Tipo placebo! Mas há falsas oposições, digamos subtilezas, de que não nos apercebemos de modo consciente, nem física nem metafisicamente. Mas coabitam em nós.
...
O Joaquim Alberto Castanheira Melo morou na Rua do Volta Atrás mesmo em frente do Ni Bomba. Isto significa que morava mesmo ao lado da Escola Primária. Com a sua voz tonitruante o professor Alberto Martins deu ao Melo uma razão de peso para não ir à escola: bastava andar por perto para ouvir a lição. Foi guarda redes do União, mas também da Académica, Sporting, Guimarães e Estrela da Amadora. Até venceu uma taça de Portugal. O medo era uma palavra ignorada pelo Melo. Nos tempos dos torneios de futebol se salão do Centro era vê-lo no papel de guarda-redes dos Fantomas, atirando-se para o cimento como eu não me atirava para a areia da praia. Nessa equipa, que tudo ganhava, graças à famosa táctica do carrossel mágico, tínhamos ainda o Faztudo, meu irmão, o Dias, o Couceiro, o Jorge do Café e o Simões (também conhecido por Fonsequinha e que foi campeão nacional pelo Porto). Coitados dos Strongylocentrotus com as suas camisolas laranjas. Bem tentaram... Resumindo: o Melo não tinha medo. Mas não era só futebolista conceituado. Também participava em todos os nossos jogos inocentes. Bem, não exactamente em todos, pois a primeira vez que jogou à Estrelinha Cai-Cai disse que nunca mais. Vá lá saber-se porquê! Então que jogos? Educativos, sim, educativos porque a Escola não nos ensinava tudo e nós tínhamos um apetite insaciável pelo conhecimento. Vejamos um exemplo simples.

Hoje estamos sempre a assistir a simulacros de incêndios, de salvamento de reféns e de outras calamidades, naturais ou não. É para quando for mesmo preciso estar tudo preparado. Dizem. A trupe “Ferrão, Dias e Companhia”, de que o Melo era um ilustre membro, sempre à frente no tempo, desde muito cedo quis contribuir para testar certos equipamentos cruciais para o aumento da esperança de vida dos portugueses. Que equipamentos? Os telefones! Não aqueles pretos com uma pega atada por um fio a uma base que tinha sensivelmente a meio uma girante roda com dez buracos onde se podiam ver de modo ordenado os dez dígitos, de zero a nove. Não, esses estavam mais que testados e eram fiáveis. A nossa dúvida estava na eficácia dos telefones públicos. Havia um no nosso Bairro mesmo em frente do Centro, do lado do Samambaia. Tinha uma porta tipo fole e lá dentro um aparelho. Acresce que só funcionava colocando lá dinheiro. Daí que o dito fosse blindado, porque no seu interior se iam acumulando as muitas moedas que os utentes lá tinham que deixar. Desses telefones nós desconfiávamos e como podia estar em causa, repito, a vida de muita gente, toca de testar o seu funcionamento. Como? Bem um de nós cedia uma moeda de um escudo, o que lhe dava direito a fazer uma chamada telefónica para chamar um táxi. Como se tratava de um teste ao funcionamento do telefone e à rapidez da resposta nós pedíamos o táxi para o fundo da Pedro Álvares Cabral no local onde desagua no Largo. Solicitávamos também ao motorista para vir o mais rápido possível pois tratava-se de levar um tio velhinho ao hospital que se estava a sentir muito mal e que apitasse forte pois o velho tio nem com uma corneta colada ao ouvido ouvia. Era a bem dizer quase surdo. Estes pedidos eram feitos de noite, porque é nesse tempo que se testam verdadeiramente todos os aparelhos... A seguir corríamos pela Mouzinho de Albuquerque, virávamos à esquerda entrando pela rua de Moçambique, acelerávamos o passo até ao cimo do Largo e estacionávamos ofegantes escondidos atrás do sobreiro junto à chamada Casa da Aldinha habitáculo dos altos Cortez Vaz. O primeiro resultado do nosso teste não foi famoso, pois se é verdade que o táxi apareceu tocando bem alto a buzina, prova de que a mensagem tinha passado e o sentido do dever do taxista existia, não era menos verdade que nós, indo a pé, chegámos primeiro. E isso era preocupante, muito preocupante. Tivemos pois que repetir o exercício, até para ter resultados estatisticamente significativos. Como se faz nas sondagens. Coube então a vez ao Melo de contribuir com a moeda e fazer a chamada. Entrou na cabina e fechou a porta em fole. Nós do lado de fora olhávamos. E o que vimos? O Melo puxa de um lenço e começa a limpar leeeeenta e cuidadosaaaamente a moeda de um escudo. Olhámos uns para os outros surpresos e perplexos. Como a actividade demorasse o Tó Ferrão impaciente abre a foleira porta e exclama:

-- Ò Melo, o que é que estás a fazer? Ò pá mete lá o raio da moeda e chama o Táxi.
-- Acham que sou parvo, é? O que estou a fazer??? Estou a limpar as impressões digitais da moeda! Assim eles nunca me apanham!!!


O Melo afinal era corajoso mas tinha o pior tipo de medo: aquele cuja razão escapa  a toda a lógica! 

E assim ficou por fazer a prova dos nove sobre a infalibilidade dos modernos meios de comunicação públicos, pois o Melo amuou com a risota geral dos Ferrão, Dias e Companhia e não quis saber de mais nada. Nem a moeda deixou!!

Olhando retrospectivamente vejo um tempo em que nada nos era permitido, ou o pouco que o era tinha quase sempre custos: fosse jogar à bola na Praça dos Baloiços, acender um cigarro num isqueiro, ver o Couraçado Potemkin ou o Último tango em Paris (give me the butter, please!), dar um simples beijo na boca ao ar livre, ter escolas mistas ou simplesmente discordar de qualquer coisa. Quiseram alguns poucos que muitos tivessem muito cuidado com tudo o que diziam ou faziam. Até censurassem o próprio pensamento. Quiseram, e muitas vezes conseguiram, que fôssemos, sem o saber, habitados pelo medo. Durou 48 anos!

Jó-Jó

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