Um Cavalinho numa Comissão da Queima das Fitas
Nesta foto, cá está o Vasco Agoas.
Foto enviada por Rui Pato
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Um Blog das gentes do Bairro Marechal Carmona a partir dos anos 50. Muitas saudades dos tempos de meninice em que se aprendeu a jogar a bola no Cavalo
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A Nela Curado abriu o jogo e eu quero continuar…..aflorou o tema do nacional cançonetismo, que, quer se queira quer não, fez parte da “entourage” musical da nossa juventude…quem não subiu os Lóios a trautear a mula da cooperativa, quem não desceu o Cidral a cantarolar as cartas de amor, os mais urbanos que subiam a rua dos Combatentes lá iam pensando nos olhos castanhos…tudo isto muito antes dos beatles, rolling stones, richard anthony, sylvie vartan e outros que tais…proponho-me aqui recordar aqueles que cantavam em português, e cujas letras ainda estão bem presentes na nossa memória, fruto das audições da emissora nacional ou dos discos de 78 rpm…
Perdoem-me a modéstia, mas vou começar por Francisco José que, a partir de Setembro de 2000, e embora postumamente, passou a fazer parte da família da milha filha Rita, pelo seu casamento com o sobrinho Rui; então é assim:
FRANCISCO JOSÉ
Nasceu em Évora a 16 de Agosto de 1924, de seu nome completo Francisco José Galopim de Carvalho (n.a. sim era irmão do pai dos dinossauros, tb ele nascido em Évora em 1931).
Estreou-se na festa de finalistas do seu liceu de Évora no Teatro Garcia de Resende, onde cantou “Trovador”. Profissionalmente teve a sua primeira apresentação aos 24 anos, para tal tendo de interromper a frequência do 3ºano de engenharia, que acabara por não concluir. Mesmo assim, o primeiro emprego tem-no no Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
Munido de uma carta de apresentação do professor Mota Pereira, apresenta-se, em 1948, no Centro de Preparação de Artistas da Rádio, tendo cantado no teste “Marco do Correio” e “marina Morena”. Em pouco tempo transforma-se num dos nomes mais populares da canção portuguesa, em particular junto do público feminino, o que lhe vale o título “O Coração que Canta”
Em 1951vai a Madrid gravar o 78 rpm Olhos Castanhos/Se. Ganha 500 escudos por cada face registada. No ano seguinte, regressa a Madrid para gravar Sou Doido por Ti, Deixa Falar o Mundo e Ana Paula, três discos de uma vez. Experimenta o teatro de revista em 1952, ao lado de Hermínia Silva. Antes já tinha subido ao palco em Évora, com Palhas e Moinhas, uma revista regionalista de Vasconcelos e Sá.
Em 1954 embarca, pela primeira vez, para o Brasil, onde acaba por se radicar e constituir família, perante uma carreira de sucesso sem par para um artista português naquelas paragens.
Nos primeiros 6 anos não consegue gravar discos, pelo que actua essencialmente, para os portugueses residentes no Brasil. Em 1960 dirige-se à etiqueta Sinter, onde regista uma canção que recebe, finalmente, a atenção do mercado: edita então Olhos Castanhos (inaugurando o selo Philips da Sinter, no Brasil). Vende um milhão de cópias, sendo o disco mais popular no Brasil em 1961. Em menos de dois anos torna-se o artista português mais popular de sempre no Brasil.
Ao longo dos cerca de 20 anos que permanecerá no Brasil (com residência em Copacabana), grava 24 álbuns, dos quais apenas 6 são editados em Portugal. No Brasil, além de uma carreira editorial bem sucedida, passa pela televisão (no Canal 9, com um programa ao sábado em prime time ), e abre, de parceria com o irmão Mário, também residente no Rio de Janeiro, o restaurante Adega de Évora.
Entre os mitos EP que edita ao longo da década de 60, contam-se, além de uma nova gravação de “Olhos castanhos” (originalmente lançada em Portugal alguns anos antes, num disco de 78 rpm), os discos Alfama, Como É Bom Gostar de Alguém, Maria Morena, Que Me Importa, Estrela da Minha Vida, Francisco José Canta Lisboa, Alma Minha e Encontro ´s Dez. Em 1964, numa deslocação a Portugal, acusa, em directo, a RTP de pagar escandalosamente mal aos artistas portugueses, contra os cachets elevados dos nomes estrangeiros. Habituado a ganhar cerca de 50 contos por programa no Brasil, resolve pedir cinco pela actuação para a RTP. Respondem-lhe que o plafond máximo para os portugueses é de dois mil escudos, mas mesmo assim acedem a pagar mais mil, caso fique de boca calada. Mesmo assim, o número fica aquém dos 100 contos que recentemente tinham sido pagos a Cármen Sevilha e dos 60 a Charles Trenet.
Em directo, depois de cantar, revela a situação e o programa é automaticamente interrompido. O cantor foi levado para a sede da PIDE na Rua António Maria Cardoso e aí interrogado. É-lhe movido um processo e chega a responder em tribunal por “injúria” e “difamação”.
É-lhe interdita a saída do País mas, como declara mais tarde a A Capital, “fica tudo em águas de bacalhau”. Mesmo assim, durante 16 anos não canta na televisão portuguesa.
Na década de 70 continua a registar discos de sucesso como Guitarra Toca Baixinho ( que em 1973 vende cerca de 130 mil unidades) e Eu e Tu.
A PolyGram, sua representante local, edita algumas antologias em LP. Ao todo a sua discografia totaliza 109 títulos, em 33, 45 e78 rpm.
Em 1983, grava o seu último single As Criança Não Querem a Guerra , por ocasião de uma visita a Portugal. Envolve-se na política activa, chegando a concorrer pelo PS à Assembleia da República pelo círculo fora da Europa, mas não chega a ser eleito.
Em meados de 80 regressa definitivamente a Portugal, onde chega a actuar durante algum tempo, retomando a carreira. Conclui o curso de Matemática, e ensina em Lisboa na Universidade da Terceira Idade.
Em 1988 morre, nos últimos dias de Julho, vítima de AVC.
Biografia escrita pelo seu sobrinho Nuno Galopim de Carvalho, logo cunhado da minha filha Rita, e publicada na Enciclopédia da Música Ligeira Portuguesa, dirigida por Luís Pinheiro de Almeida e João Pinheiro de Almeida, com edição do Círculo de Leitores, e onde se fala de Amália Rodrigues a Rui Pato e vice-versa. Quem quiser saber mais sobre música ligeira portuguesa é só dizer….
Um abraço
Mário P.Almeida
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Calma.... Relaxa que dia 1 e 8 de Dezembro TEMOS DOIS FERIADOS
e logo à Segunda-feira!
De Bernardo Leitão
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Epá que ventania!!! Parece que leva tudo, ainda há pouco fui sacudir um tapete à varanda ia ficando sem ele... Com este tempo o que é que vão fazer no fim de semana??
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Isto está a virar um Blog de amantes da Poesia. Depois das cartas de amor, aparecem agora os amigos.....Mais um tema de Vinicius de Moraes, apresentado pelo Victor Costa ( Vitinha)...ja que embirra com o outro pseudonimo.....
Procura-se um amigo
Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objectivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.
Vinicius de Moraes
Apresentado por Victor Costa
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É verdade matemática que ninguém pódi negá,
que essa história de gramática só serve pra atrapaiá.
Inda vem língua estrangêra ajudá a compricá.
Meió nóis cabá cum isso pra todos podê falá.
Na Ingraterra ouví dizê que um pé de sapato é xu.
Desde logo já se vê, dois pé deve sê xuxu.
Xuxu pra nóis é um legume que cresce sorto no mato.
Os ingrêis lá que se arrume, mas nóis num come sapato.
Na Itália dizem até, eu não sei por que razão,
que como mantêga é burro, se passa burro no pão.
Desse jeito pra mim chega, sarve a vida no sertão,
onde mantêga é mantêga, burro é burro e pão é pão.
Na Argentina, veja ocêis, um saco é um paletó.
Se o gringo toma chuva tem que pô o saco no sór.
E se acaso o dito encóie, a muié diz o pió:
''Teu saco ficô piqueno, vê se arranja ôtro maió'...
Na América corpo é bódi. Veja que bódi vai dá.
Conheci uma americana doida pro bódi emprestá.
Fiquei meio atrapaiado e disse pra me escapá:
Ói, moça, eu não sou cabra, chega seu bódi pra lá!
Na Alemanha tudo é bundes. Bundesliga, bundesbão.
Muita bundes só confunde, disnorteia o coração.
Alemão qué inventá o que Deus criou primêro.
É pecado espaiá o que tem lugar certêro.
No Chile cueca é dança de balançá e rodá.
Lá se dança e baila cueca inté a noite acabá.
Mas se um dia um chileno vié pro Brasir dançá,
que tente mostrá a cueca pra vê onde vai pará.
Uma gravata isquisita um certo francês me deu.
Perguntei, onde se bota? E o danado respondeu.
Eu sou home confirmado, acho que num entendeu,
Seu francês mar educado, bota a gravata no seu!
Pra terminar eu confirmo, tem que se tê posição.
Ô nóis fala a nossa língua, ô num fala nada não.
O que num pode é um povo fazê papér de idiota,
dizendo tudo que é novo só pra falá poligrota...
(Autor desconhecido nordeste brasileiro)
Isabel Carvalho
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O Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Carlos Encarnação, tem o prazer de convidar V. Ex.ª para o lançamento do livro da Colecção Coimbra Património "Lucas Junot: o Estudante Brasileiro que cantou Coimbra – Fotobiografia", de Rui Lopes, a ter lugar no dia 13 de Dezembro, pelas 16H00, na Casa Municipal da Cultura, com apresentação do Dr. Augusto Camacho Vieira.
[Informações: Casa Municipal da Cultura _ telef. 239702630]
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