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domingo, 30 de novembro de 2008

Um Cavalinho numa Comissão da Queima das Fitas

Comissão da Garraiada -1967
Foto que Rui Pato encontrou nos arquivos do pai e que acompanhava a notícia de uma das Comissões da Queima.
Nesta foto, cá está o
Vasco Agoas.
Foto enviada por Rui Pato

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A " Camineta " para VAGOS

Diversos amigos manifestaram a opinião de que a melhor hora para o regresso de Vagos seria a que inicialmente foi indicada, pois que ficar mais tempo não só implicava novo jantar como também o tempo não convida a que se venha mais tarde, assim e em definitivo o programa "excursionista" Coimbra/Vagos - Vagos/Coimbra é:

- Partida junto ao Samambaia às 11.00 horas
- Partida de Vagos às 19.00 horas

O preço dependendo do número final de participantes deverá ser no máximo 10 € por pessoa.

Qualquer desistência deve ser comunicada até ao dia 6 de Dezembro.

Abílio Soares

O Trunfo de Espadas


Descruzadas as tíbias,
jogada fora a caveira,
com a moralidade a rir a bandeiras despregadas,
a canhoneiras assestadas,
com a gota paralisando as Caraíbas,
com os tesouros a contas com o fisco
- onde parava o corsário e o seu risco?

No engancho de mão,no bafejo de rum,
no beiramar passeio a pernas quatro(uma de pau),
mostrou o olho despalado: era o corisco
- vazado o esperava - de quem foi tão mau.

(Há ossos de peixe,há ossos de homem
na sopa que o turista e o corsário comem?)

Baralhou.
Cortei.
Deu.
Joguei.

Sob o trunfo de espadas,
seu passado,carta a carta,vislumbrei.

De Alexandre O'Neill
Postado por aminhapele no POESIA

MARIA LALANDE - Uma ingénua nos palcos...

Este texto valoriza o entusiasmo com que o Quito evidencia a sua participação no Blog e a terra que o acolhe na sua actividade. Esta terra, Salgueiro do Campo foi a terra da artista Maria Lalande.

Maria Lalande nasceu a 7 de Novembro de 1913
em Salgueiro do Campo - Castelo Branco.
Aos treze anos matricula-se no Conservatório Nacional nos cursos de Arte Dramática e Bailado.
Ao concluir com distinção o Conservatório, estreia-se no Trindade, ao lado de Adelina Abranches, em A cova da Piedade, seguindo-se uma reposição de Peraltas e Sécias. Durante esta reposição, Maria Lalande integra a companhia Amélia Rey-Colaço-Robles Monteiro onde permanecerá longos anos.
Devido à sua aparência, encarna a figura da ingénua dramática desta companhia.
Participa em Romance de Sheldon, Carochinha de Schwalbach, Frei Luís de Sousa e entre outros, revelando grande talento para esta área artística, sendo A Ascensão de Joaninha (1944) de Gerhart Hauptmann o seu maior êxito.
Após esta peça, Maria Lalande recusa um convite de Gerhart Hauptmann para ir para a Alemanha. Nesse mesmo ano António Lopes e o seu irmão Francisco Ribeiro (com o qual Maria Lalande esteve casada) tomam o Teatro da Trindade e fundam Os Comediantes de Lisboa levando a cena um reportório cheio de novidades e de grande qualidade.
Descontente com a ideologia seguida na casa de Garrett, Maria Lalande, tal como muitos outros grandes actores, junta-se a esta nova companhia. Aí representa Pigmaleão, Miss Bá e Bâton, entre outros.
A companhia acaba e Lalande não volta ao D. Maria, optando por percorrer outros teatros (Variedades e o Maria Vitória, por exemplo). É aí que, entre 1952/1953 representa A Hipócrita, de Emlyn Williams e O milagre da rua, de Costa Ferreira.
O ano de 1955 é marcado pela sua presença no Teatro d’Arte de Lisboa, destacando-se em A casa dos vivos e Yerma, após o que fica sem trabalhar durante uns anos.
Em 1965, a propósito das comemorações do centenário de Gil Vicente, é convidada para fazer o Auto da Alma no Teatro de S. Carlos e com encenação de Almada Negreiros.
No ano seguinte integra com outros actores a Companhia Portuguesa de Actores, no teatro Vilaret, fazendo-se notar em As rapozas e Fumo de Verão.
Por fim, no Teatro S. Luiz, representa, apesar de já estar doente, a Bernarda de António Marinheiro – peça de Bernardo Santareno e com a qual se despede dos palcos.
Morre a 21 de Março de 1968 em Lisboa.
Maria Lalande fez, também, algum cinema (A Rosa do Adro) não tendo tido o mesmo sucesso que teve no teatro.
Ao longo da sua vida ganhou os prémios Eduardo Brazão e Lucília Simões.

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E Viva a Crise...................

Amplie e viva bem a crise.....

Por que não Mirar os Mirós

Agora que o banco de todos nós contribuintes vai ficar artisticamente mais rico com 82 novos quadros de Miró, eu gostaria de lançar a seguinte sugestão ao Ministério da Cultura:

E porque não deixar o povo, que já pagou bilhete, admirar tais obras de arte em visitas guiadas à João XXI?
Do Hidden Persuader descendente de cavalinho

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Corridas de Patins - As Assistências

Corridas de Patins( assistência)
De costas: Sr. Sabino( pai do Carlos Alberto)
Á frente , da dta para a esq:Adriana Loureiro(Neninha),Teresa Quaresma, Nel Neves
Por cima, á dta: Ginita Neves com Zé ao colo, Luisa Moura....
Corridas de Patins( assistência)
Lino Neves em destaque
Á sua direita- Zeca Neves
Á frente -Maria João Eliseu, Ligia, Rosinha Adão, Alice Santa Bárbara, Olinda Rafael, Mário Santos, Fernando Rafael, Rui Umbelino, Amadeu Vinhas...
Texto e Fotos de Manas Neves

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As Prendas pró...Almoço

A Celeste é um amor,
Para rimar com Moreirinhas
Até me compra prendinhas!
E eu como sou um Senhor,
Para rimar com Celeste
Vou pedir a quem me empreste
Muito dinheiro tem que ser,
Para uma prenda lhe oferecer!

E se ninguém mo emprestar,
Eu mesmo irei comprar
E dar-lha do Coração,
Nem que só custe 1 tostão!
Alfredo Moreirinhas

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TESTEMUNHO DE RUI PATO

Ensaios na "Brasileira"
Conheci o Zeca nos meus 16 anos, tinha ele 33, já licenciado em Letras, a leccionar em Mangualde, mas aproveitando todas as folgas para vir a Coimbra, ansioso por mostrar aos amigos as suas últimas baladas.
Eu ouvi o seu nome, as primeiras vezes, ao meu pai que, como jornalista em Coimbra, fazia questão de viver intensamente a vida coimbrã, saltitando das tertúlias futrico-intelectuais para as académicas. E nestas últimas pontificava o Zeca, como o seu bom humor, com as suas permanentes distracções e com uma irreverência intelectual a que chamavam de existencialista.
Mas em 1962, ano tumultuado em Coimbra, com a Academia envolvida numa das mais violentas crises estudantis, o Zeca, já cansado com aquilo a que chamou a «quinquilharia passadista do velho romantismo do Penedo», sempre que podia, vinha a Coimbra para sentir esse fervilhar das novas gerações.
Começa assim a sua fase de ruptura com aquilo que o mais o tinha ligado até então à cidade, «o tanger dos bordões da viola, as casas de prego, as bicas nos cafés da Baixa e as arengas dos teóricos da bola» .
Ele vinha da Mangualde a Coimbra para mostrar aos amigos um outro tipo de música, sem o «espartilho da guitarra de Coimbra», com uma grande liberdade rítmica e que necessitava apenas de uns leves acordes de viola para sublinhar o poema que era o mais importante da canção.
Assim nasce o «Menino de Ouro», «Tenho Barcos, Tenho Remos», «Os Vampiros», «O Senhor Poeta», etc., ensaios muitas vezes feitos no segundo andar do café Brasileira, ou em minha casa ou em qualquer República onde ele tinha o estatuto de "livre trânsito" quando ele vinha a Coimbra e necessitava de dormir.
Entretanto, junta-se a nós o Adriano, o Manuel Freire, o Fanhais e outros que não recordo.
É dificil avaliar o impacte que o contacto com figuras como o Zeca, o Adriano, o António Portugal, entre os 16 e os 20 e poucos anos, tem na formação da personalidade de um adolescente. Nessa altura, eu não tinha a noção da dimensão humana e intelectual desses amigos. O meu desgosto é ter tido uma fortuna enorme em ter amigos desse quilate e, nessa altura, sem a noção desse valor, não ter agarrado cada momento, deixando até, por vezes, que a memória me falhe e tantos momentos bonitos e ricos se percam.
--------------------------
A preguiça - todos nós temos direito a um pouquito - não me deixou transcrever por inteiro este texto maravilhoso do nosso amigo Rui Pato.
Para os menos preguiçosos, aconselho a visita a:
delta02.blog.simplesnet.pt

Carlos Viana


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A Nela Curado abriu o jogo e eu quero continuar…..aflorou o tema do nacional cançonetismo, que, quer se queira quer não, fez parte da “entourage” musical da nossa juventude…quem não subiu os Lóios a trautear a mula da cooperativa, quem não desceu o Cidral a cantarolar as cartas de amor, os mais urbanos que subiam a rua dos Combatentes lá iam pensando nos olhos castanhos…tudo isto muito antes dos beatles, rolling stones, richard anthony, sylvie vartan e outros que tais…proponho-me aqui recordar aqueles que cantavam em português, e cujas letras ainda estão bem presentes na nossa memória, fruto das audições da emissora nacional ou dos discos de 78 rpm…
Perdoem-me a modéstia, mas vou começar por Francisco José que, a partir de Setembro de 2000, e embora postumamente, passou a fazer parte da família da milha filha Rita, pelo seu casamento com o sobrinho Rui; então é assim:

FRANCISCO JOSÉ
Nasceu em Évora a 16 de Agosto de 1924, de seu nome completo Francisco José Galopim de Carvalho (n.a. sim era irmão do pai dos dinossauros, tb ele nascido em Évora em 1931).
Estreou-se na festa de finalistas do seu liceu de Évora no Teatro Garcia de Resende, onde cantou “Trovador”. Profissionalmente teve a sua primeira apresentação aos 24 anos, para tal tendo de interromper a frequência do 3ºano de engenharia, que acabara por não concluir. Mesmo assim, o primeiro emprego tem-no no Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
Munido de uma carta de apresentação do professor Mota Pereira, apresenta-se, em 1948, no Centro de Preparação de Artistas da Rádio, tendo cantado no teste “Marco do Correio” e “marina Morena”. Em pouco tempo transforma-se num dos nomes mais populares da canção portuguesa, em particular junto do público feminino, o que lhe vale o título “O Coração que Canta”
Em 1951vai a Madrid gravar o 78 rpm Olhos Castanhos/Se. Ganha 500 escudos por cada face registada. No ano seguinte, regressa a Madrid para gravar Sou Doido por Ti, Deixa Falar o Mundo e Ana Paula, três discos de uma vez. Experimenta o teatro de revista em 1952, ao lado de Hermínia Silva. Antes já tinha subido ao palco em Évora, com Palhas e Moinhas, uma revista regionalista de Vasconcelos e Sá.
Em 1954 embarca, pela primeira vez, para o Brasil, onde acaba por se radicar e constituir família, perante uma carreira de sucesso sem par para um artista português naquelas paragens.
Nos primeiros 6 anos não consegue gravar discos, pelo que actua essencialmente, para os portugueses residentes no Brasil. Em 1960 dirige-se à etiqueta Sinter, onde regista uma canção que recebe, finalmente, a atenção do mercado: edita então Olhos Castanhos (inaugurando o selo Philips da Sinter, no Brasil). Vende um milhão de cópias, sendo o disco mais popular no Brasil em 1961. Em menos de dois anos torna-se o artista português mais popular de sempre no Brasil.
Ao longo dos cerca de 20 anos que permanecerá no Brasil (com residência em Copacabana), grava 24 álbuns, dos quais apenas 6 são editados em Portugal. No Brasil, além de uma carreira editorial bem sucedida, passa pela televisão (no Canal 9, com um programa ao sábado em prime time ), e abre, de parceria com o irmão Mário, também residente no Rio de Janeiro, o restaurante Adega de Évora.
Entre os mitos EP que edita ao longo da década de 60, contam-se, além de uma nova gravação de “Olhos castanhos” (originalmente lançada em Portugal alguns anos antes, num disco de 78 rpm), os discos Alfama, Como É Bom Gostar de Alguém, Maria Morena, Que Me Importa, Estrela da Minha Vida, Francisco José Canta Lisboa, Alma Minha e Encontro ´s Dez. Em 1964, numa deslocação a Portugal, acusa, em directo, a RTP de pagar escandalosamente mal aos artistas portugueses, contra os cachets elevados dos nomes estrangeiros. Habituado a ganhar cerca de 50 contos por programa no Brasil, resolve pedir cinco pela actuação para a RTP. Respondem-lhe que o plafond máximo para os portugueses é de dois mil escudos, mas mesmo assim acedem a pagar mais mil, caso fique de boca calada. Mesmo assim, o número fica aquém dos 100 contos que recentemente tinham sido pagos a Cármen Sevilha e dos 60 a Charles Trenet.
Em directo, depois de cantar, revela a situação e o programa é automaticamente interrompido. O cantor foi levado para a sede da PIDE na Rua António Maria Cardoso e aí interrogado. É-lhe movido um processo e chega a responder em tribunal por “injúria” e “difamação”.
É-lhe interdita a saída do País mas, como declara mais tarde a A Capital, “fica tudo em águas de bacalhau”. Mesmo assim, durante 16 anos não canta na televisão portuguesa.
Na década de 70 continua a registar discos de sucesso como Guitarra Toca Baixinho ( que em 1973 vende cerca de 130 mil unidades) e Eu e Tu.
A PolyGram, sua representante local, edita algumas antologias em LP. Ao todo a sua discografia totaliza 109 títulos, em 33, 45 e78 rpm.
Em 1983, grava o seu último single As Criança Não Querem a Guerra , por ocasião de uma visita a Portugal. Envolve-se na política activa, chegando a concorrer pelo PS à Assembleia da República pelo círculo fora da Europa, mas não chega a ser eleito.
Em meados de 80 regressa definitivamente a Portugal, onde chega a actuar durante algum tempo, retomando a carreira. Conclui o curso de Matemática, e ensina em Lisboa na Universidade da Terceira Idade.
Em 1988 morre, nos últimos dias de Julho, vítima de AVC.

Biografia escrita pelo seu sobrinho Nuno Galopim de Carvalho, logo cunhado da minha filha Rita, e publicada na Enciclopédia da Música Ligeira Portuguesa, dirigida por Luís Pinheiro de Almeida e João Pinheiro de Almeida, com edição do Círculo de Leitores, e onde se fala de Amália Rodrigues a Rui Pato e vice-versa. Quem quiser saber mais sobre música ligeira portuguesa é só dizer….

Um abraço
Mário P.Almeida

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O Pedro Sarmento relembra bem o Ze Neves....

Quem diria que esta cara de jóia se tornaria no gadelhudo e interventivo Zé Neves, figura de alguma forma emblemática do nosso bairro,que primeiro por motivos profissionais abandonou o nosso local de crescimento muito cedo e depois que de forma estúpida e abrupta cedo de mais deixou todos aqueles que por ele tinham carinho e amizade.
Deixo aqui alguns versos em que a personagem Zé Neves é citada que tiveram origem por volta de 1973 da autoria do Luís Garção e do José Rodrigues, que fazem parte de um longo reportório de Desgarrada denominada " Conversas em Família da RUA C" que espero o Luís Garção um dia destes decida publicar, uma vez que de uma forma ou de outra, fazem menção a quase todos os habitantes da RUA C, Pais e filhos, noites de guitarradas e desgarradas.
Estejas onde estiveres Zé Neves, estes versos relembram-te:

" ENTRA AGORA O FILETES
TÃO MAGRINHO QUE FAZ PENA
ANDA ARRASCA NAS RETRETES
A LER LIVROS DO VILHENA"

" O FILETES NÃO DIZ NADA
PARECE MESMO UMA ARARA
VAMOS LÁ AGORA VER
O QUE DIZ A AMIGA CLARA"

" O NEVES ENGATATÃO
É AGORA O NOSSO RÉU
TRÁS ESCONDIDO NO CORAÇÃO
UM GRANDE AMOR PELA CÉU"

" UM GRANDE AMOR PELA CÉU
NÃO SABEMOS SE É VERDADE
CONTINUAR A DESGARRADA
SERIA A NOSSA VONTADE"

" SUSPIRA O PEDRO PELA CLARINHA
SUSPIRA O TÓ PELA NELINHA
SUSPIRA O NEVES PELA CÉU
E O CARLOS PELA ZITINHA"
Pedro Sarmento

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sábado, 29 de novembro de 2008

Agora entretenham-se e recordem o tempo em que eram pequeninos ou antes disso.

Coimbra actual Coimbra antiga
Agora entretenham-se e recordem o tempo em que eram pequeninos ou antes disso....
http://picasaweb.google.pt/bcantante/CoimbraDeOutrosTempos#slideshow

A Isabel não quer que nos falte nada
Vindo da Isabel Carvalho

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Numa Barbearia Em Londres

Um dia, um florista foi lá cortar o cabelo.
Depois do corte, quando ia pagar o barbeiro diz:
- 'Lamento, mas não posso aceitar o seu dinheiro. O que fiz foi um serviço à comunidade.'
O florista ficou satisfeito e foi-se embora.
Na manhã seguinte, ao chegar à loja o barbeiro encontrou uma dúzia de flores e um cartão que dizia 'Obrigado'.
Noutro dia, um polícia foi lá cortar o cabelo.
Depois do corte, quando ia pagar o barbeiro diz:
- 'Lamento, mas não posso aceitar o seu dinheiro. O que fiz foi um serviço à comunidade.'
O polícia ficou satisfeito e foi-se embora.
Na manhã seguinte, ao chegar à loja o barbeiro encontrou uma dúzia de donuts e um cartão que dizia 'Obrigado'.
Um dia depois, um português foi lá cortar o cabelo.
Depois do corte, quando ia pagar o barbeiro diz:
- 'Lamento, mas não posso aceitar o seu dinheiro. O que fiz foi um serviço à comunidade.'
O português ficou satisfeito e foi-se embora.
Na manhã seguinte, ao chegar à loja... adivinha o que o barbeiro encontrou à porta ...
Vá lá ... adivinha !!!Numa Barbearia Em Londres

Na manhã seguinte, ao chegar à loja o barbeiro encontrou uma dúzia de portugueses à espera para cortar o cabelo.
Vindo da Isabel Melga

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RECORDAÇÕES DA INFÂNCIA

Saudades!Tenho saudades
Desses tempos que lá vão!
Quando à porta do quinteiro
Eu jogava o meu pião;
Quando no campo corria
Cum papagaio na mão.

Oh,que então eram,na terra,
Tudo ventura pra mim!
Meu pai me dava biscoitos,
Minha mãe beijos sem fim;
Minha avó me defumava
De manhã,com alecrim.

Por entre os prados amenos
Como,contente,eu saltei
Com meu chapéu de dois bicos
Que dum papel arranjei,
E em grosso pau a cavalo,
Mais orgulhoso que um rei!

Nos inocentes folguedos
Eu via o tempo voar;
Se um dia vinha um sopapo
Que me obrigava a chorar,
Depois,de mimos coberto,
Eis-me a rir,eis-me a brincar.

Meu pião idolatrado,
Que será feito de ti?
Papagaio da minh'a alma,
Há que tempo te não vi!
Doces biscoitos de outrora,
Quem mos dera agora aqui!

Meigos beijos,inocentes,
Como ainda me lembrais!
Cheirosos defumadores,
Que saudades me inspirais!
Meu lindo chapéu de bicos,
Não me enfeitarás jamais.
(de Faustino Xavier de Novais)
Olinda

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Sobre os Blogs como o nosso....


Um Blog, é interessante e importante precisamente para as pessoas conviverem, trocarem ideias, trocarem afectos, desabafarem, se esclarecerem, se confrontarem com questões em que nem sequer tinham pensado, para se rirem, isto é uma forma de aprendermos como se pratica a cidadania, como se vive e não se vegeta num Bairro.
De sabermos como vão as pessoas amigas e vizinhas que estão distantes. É uma forma de fazermos companhia a quem não pode sair. E não temos de pedir desculpa ou de nos irritarmos se cada um se exprimir com pensa, como sabe, ou como sente.
Um Blog, é uma espécie de uma Rede Social onde cada um poisa, relaxa descansa observa substituindo-se a um Baloiço preso num alpendre acolhedor só se ouvindo passaritos ou música. Tem esta vantagem, ninguém incomoda a tossir, a falar mais alto, a fumar, a arrastar cadeiras...etc. Viva o Blog e que cada vez se torne mais interventivo sobre o que nos incomoda e afecta.
Que cada vez tenha mais pessoas a escreverem sem preconceitos ou receios. A vossa Melga de serviço...
Isabel Carvalho

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As Meninas

Álvaro, então e o prólogo ficou na gaveta????

Anabela
abria a janela
Carolina
erguia a cortina
E Maria
olhava e sorria
" Bom dia! "
Anabela
foi sempre a mais bela
Carolina
a mais sábia menina
E Maria
apenas sorria
"Bom dia! "
Pensaremos em cada menina
que vivia naquela janela;
uma que se chamava Anabela,
outra que se chamou Carolina
Mas a nossa profunda saudade
é Maria, Maria, Maria
que dizia com voz de amizade:
" Bom dia! "
Cecília Meireles ( de um belo livro de poesia para crianças)
Juju

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O que somos passa únicamente pela nossa individualidade...


As nossas opiniões, a nossa direcção de vida, os nossos arrufos, as nossas virtudes e os nossos defeitos, o que gostamos e o que detestamos, é apenas nosso e de mais ninguem.
Assim se converte toda uma vida e uma vivência de todos os niveis, pessoal, social, de grupo, com a familia.
Somos o que somos e seremos o que queremos ser (não se confunda de facto com o que desejamos).
Isto que converta toda a nossa vida pelas lutas que temos, quando não estamos de acordo, mas sim por aquilo que acreditamos.
El Tareko

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Familias Numerosas - Familia Neves ( II )

A Nel, a Maricota e a Zeca nos baloiços da Praça da India Portuguesa
(finais de 1951)

ZÉ NEVES na rua de Moçambique
(finais de 1954)

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FAMILIAS NUMEROSAS - Familia Oliveira RAFAEL

Fernando, Isabe,l Adelia
Mãe Isaura, Olinda e Paulo
(nesta época o pai Manuel emigrado em Moçambique)
Vindo da Olinda

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O GIM e os Beatles

Como é de conhecimento de todos os Cavalinhos, o GIM é dos maiores estudiosos do fenomeno BEATLES.
Apos o GEG, afastou-se propositadamente para fazer um trabalho de grande entusiasmo.
Apesar das nostalgias de circunstância, o GIM continua a aparecer com os devidos comedimentos.
Aqui o vemos no seu mundo.....

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Outra para aliviar.....

A R T R I T E
Num autocarro, um padre tambem Aníbal senta-se ao lado de um sujeito bêbado que, com alguma dificuldade, lê o jornal.
De repente, com uma voz um pouco 'empastada', o bêbado pergunta ao padre:
- O senhor sabe o que é artrite?
Irritado, o pároco responde, num tom irado:
- É uma doença provocada pela vida pecaminosa e sem regras: mulheres, promiscuidade, sexo, farras, excesso de consumo de álcool e outras coisas que nem ouso dizer!
O bêbado calou-se e continuou com os olhos fixos no jornal.
Alguns minutos depois, o padre achou que tinha sido muito duro com o bêbado e diz, tentando amenizar:
- Há quanto tempo o senhor está com artrite?
- Eu?... Eu não tenho artrite! Segundo este jornal, quem tem artrite é o Papa!!
Do Bernardo Leitão

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Relaxa mesmo

Calma.... Relaxa que dia 1 e 8 de Dezembro TEMOS DOIS FERIADOS

e logo à Segunda-feira!

De Bernardo Leitão


RECORDAR MARIA LALANDE

(Actriz)
Maria Adelaide Lalande, nasceu em Salgueiro do Campo em 7 de Novembro de 1912. Foi notável figura da cena artística portuguesa e aluna distinta do Conservatório Nacional onde frequentou os cursos de Arte e Dança.
O seu primeiro papel surgiu na peça dramática de Gerard Hauptmann, “Ascensão de Joaninha”.
Representou também Gil Vicente, no género satírico, para além de outras interpretações admiráveis de obras de Ibsen “Casa das Bonecas”, “Dama das Camélias” de Alexandre Dumas, “Pigmalião” de B.Shaw, “ Electra e os Fantasmas” de Eugénio O´Neil, “O Caso do Dia” de Tenesse Williams, “Jangada” de Bernardo Santareno” entre outras.
Na peça “Pigmaleão”, contracenou com Ribeirinho, grande actor do teatro e cinema português com quem casou.
Após alguns anos de ausência de novo pisou os palcos nas peças “As raposas” de Lilian Helmet, que lhe valeu na época o Prémio Lucília Simões.
Teve desempenho nos filmes , “Lisboa” (1930),”Rosa do Adro (1938) “Fátima Terra de Fé” (1943) e “Não há rapazes maus” (1948).
Maria Lalande foi uma das mais reconhecidas figuras dos palcos portugueses.
Faleceu em Lisboa em 21 de Março de 1968.
Quito

Nota: O Quito exerce a sua actividade em Salgueiro do Campo, perto de Castelo Branco.

http://maps.google.com/maps?ie=UTF8&ll=39.874966,-7.563229&spn=0.120674,0.234489&z=12&lci=lmc:panoramio


Ver mapa maior

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Familias Numerosas - Familia NEVES

Foto nº 1:
Antes da vinda para o Bairro-1948
Pai LINO Mãe Virginia "Gininha"
Ao colo- Maricota(Mª de Jesus-10 meses)
Frente -a mais alta Mª José com 5 anos
" a mais baixa Nel(Mª Manuel com 3 anos

FOTO nº 2:
DEPOIS DA VINDA PARA O BAIRRO
Em cima: Pai Lino e Maricota
Em baixo Mãe Gininha com Zeca ao colo(único nascido no Bairro)
Á esquerda Zeca com 9 anos e á direita Nel com 7 anos

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Bom fim de semana

Epá que ventania!!! Parece que leva tudo, ainda há pouco fui sacudir um tapete à varanda ia ficando sem ele... Com este tempo o que é que vão fazer no fim de semana??

Friendster

Vão ao Samambaia?

Momentos de Poesia - 2

AMIGO
Maior que o pensamento
Por essa estrada amigo vem
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também

Em terras
Em todas as fronteiras
Seja benvindo quem vier por bem
Se alguém houver que não queira
Trá-lo contigo também

Aqueles
Aqueles que ficaram
(Em toda a parte todo o mundo tem)
Em sonhos me visitaram
Traz outro amigo também

José Afonso
Vindo de Rui Pato

Como hoje é Sexta Feira....

A loira e o pinguim
Uma loira acorda, chega ao quintal e depara-se com um Pinguim.
Ao mesmo tempo, olha para o lado, vê o seu vizinho e diz:
- Já viu o que está aqui? Um pinguim! O que é que eu faço?
O vizinho responde: - Não sei! Olhe, leve-o a Lisboa ao Jardim Zoológico.
No dia seguinte, o vizinho olha para a casa da loira e vê-a a sair com o Pinguim preso com uma coleira e pergunta:
- Então, não levou o pinguim ao Jardim Zoológico?
A loira:
- Levei.... Gostou muito! Hoje vou com ele ao Portugal dos Pequeninos.
Vindo do MP Almeida

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Momentos de Poesia


Isto está a virar um Blog de amantes da Poesia. Depois das cartas de amor, aparecem agora os amigos.....Mais um tema de Vinicius de Moraes, apresentado pelo Victor Costa ( Vitinha)...ja que embirra com o outro pseudonimo.....

Procura-se um amigo

Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.

Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objectivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.

Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.

Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.

Vinicius de Moraes

Apresentado por Victor Costa

Ser Solidário não custa nada......

O Instituto Português de Oncologia (IPO) está a angariar filmes VHS ou DVD's para os doentes da unidade de transplantes que estão em isolamento.
São crianças e adultos que precisam de um transplante de medula e de estar ocupados durante o tempo de internamento, explicou a Enfermeira responsável pela unidade, Elsa Oliveira.
A falta de "stocks" torna necessária a ajuda da população.
Precisamos de filmes para as pessoas mais desfavorecidas que não têm possibilidade de os trazer. Algumas crianças trazem os seus próprios filmes e brinquedos mas depois quando têm alta levam-nos, acrescenta.
O IPO aceita todos os géneros de filmes, mas a preferência vai para a comédia.
Numa altura menos feliz das suas vidas, um sorriso vai fazer bem a quem passa dias inteiros numa cama de hospital.
Rir é sempre um bom remédio :)
As cassetes de vídeo ou DVD's podem ser enviadas para:

Instituto Português de Oncologia de Francisco Gentil
Unidade de Transplante de Medula
A/C Sr.ª Enf. Elsa Oliveira
Rua Professor Lima Basto 1070 Lisboa Ou então, informe-se pelo telefone: 217 229 800 (geral IPO) 21 726 67 85
Podes passar palavra?
de Mario P. Almeida

A LÓ GASPAR vai imparavel..... já no 4º neto


A como netos tem agora, 2 rapazes e 2 raparigas.O filho tem um rapazito de 4 anos. A filha tem um rapaz com já com 14 anos, uma menina com 8 e agora esta menina que nasceu ontem.
É uma menina - Laura- muito linda , diz a avó eheheheheh.....e redondinha, tão pequenina (2, 120Kg) que a irmã chama-lhe boneca.
A diz que ainda vai arranjar coragem para aparecer e intervir no Blog.
Parabens à Ló e aos pais da criança e tudo de bom.
Nota: Ainda não ha nekitos da bebé.

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Vamos Falando de Cartas de Amor


Quase todos nós temos um baú,com estas belas recordações.
Se não,estão por certo lá no cantinho da nossa alma...onde de quando em vez,as vamos buscar,com muita ternura.
O tema leva-me ao poema de Fernando Pessoa, que o escreve através de um dos seua heterónimos -Alvaro de Campos-:

"Todas as cartas de amor são
Ridículas
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor,se há amor
Têm de ser
Ridículas.

Mas,afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas).
1935

Por outro lado, Agustina Bessa-Luis diz:
" Temos a cultura da afectividade como outros povos têm a cultura da filosofia".
" Os sentimentos são para nós uma segunda pele,continua a morrer-se de desgosto,de paixão,e a matar como no tempo de Camilo",
....diz Almerindo Lessa: "somos gente de ciúme.Possuimos muito agudo o sentido de posse.A pior coisa para nós é a falta de felicidade.Daí a precisão que temos de desabafar,de chorar.De escrever cartas e ouvir canções de amor".
Nela Dias


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'O POLIGROTA'*

É verdade matemática que ninguém pódi negá,
que essa história de gramática só serve pra atrapaiá.
Inda vem língua estrangêra ajudá a compricá.
Meió nóis cabá cum isso pra todos podê falá.

Na Ingraterra ouví dizê que um pé de sapato é xu.
Desde logo já se vê, dois pé deve sê xuxu.
Xuxu pra nóis é um legume que cresce sorto no mato.
Os ingrêis lá que se arrume, mas nóis num come sapato.

Na Itália dizem até, eu não sei por que razão,
que como mantêga é burro, se passa burro no pão.
Desse jeito pra mim chega, sarve a vida no sertão,
onde mantêga é mantêga, burro é burro e pão é pão.

Na Argentina, veja ocêis, um saco é um paletó.
Se o gringo toma chuva tem que pô o saco no sór.
E se acaso o dito encóie, a muié diz o pió:
''Teu saco ficô piqueno, vê se arranja ôtro maió'...

Na América corpo é bódi. Veja que bódi vai dá.
Conheci uma americana doida pro bódi emprestá.
Fiquei meio atrapaiado e disse pra me escapá:
Ói, moça, eu não sou cabra, chega seu bódi pra lá!

Na Alemanha tudo é bundes. Bundesliga, bundesbão.
Muita bundes só confunde, disnorteia o coração.
Alemão qué inventá o que Deus criou primêro.
É pecado espaiá o que tem lugar certêro.

No Chile cueca é dança de balançá e rodá.
Lá se dança e baila cueca inté a noite acabá.
Mas se um dia um chileno vié pro Brasir dançá,
que tente mostrá a cueca pra vê onde vai pará.

Uma gravata isquisita um certo francês me deu.
Perguntei, onde se bota? E o danado respondeu.
Eu sou home confirmado, acho que num entendeu,
Seu francês mar educado, bota a gravata no seu!

Pra terminar eu confirmo, tem que se tê posição.
Ô nóis fala a nossa língua, ô num fala nada não.
O que num pode é um povo fazê papér de idiota,
dizendo tudo que é novo só pra falá poligrota...

(Autor desconhecido nordeste brasileiro)

Isabel Carvalho


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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Menina dos olhos verdes


Férias de Verão. Praia da Falésia.
Desloco-me a estas paragens, apenas por uma semana, para estar com filhos e netos, para brincarmos, conversarmos, enfim ser-mos uns dos outros.
Hotel simpático, bela piscina e amplos espaços verdes.
Á noitinha, após o jantar, música que baste para distrair os mais velhos, enquanto os petizes se deliciam fazendo tropelias, sob o olhar atento dos familiares que de longe os observam.
Lembrando-me que as crianças nunca tinham pisado a areia com o sol adormecido, fiz a minha proposta que foi acolhida com muito agrado.Os homens ficaram no bar, bebericando.
Atravessando uma pequena ponte e descendo uns três degraus... areia e mar. Ao longe a música do hotel, ouvia-se suavemente...
Ali, o marulhar das ondas em surdina....
O menino brinca na areia , Nós as "meninas", deitadas, olhamos as estrelas e a lua, em silêncio, apenas entrecortado por algumas perguntas, até que as palavras deixam de existir e sucumbimos à beleza nocturna do lugar...
Repentinamente, uma estrela cai apressada.
-Vejam!... uma estrela cadente.
E as três fechamos os olhos, pensando intensamente num desejo que queremos vêr realizado.
Após alguns segundos, a mãe virando-se para a menina.
- Penso saber o teu desejo, filha....
A menina, fazendo um trejeito envergonhado e fixando nela os seus lindos olhos verdes
-Não sabes não, mãe...
A mãe, debruçando-se sobre a filha, sussurra-lhe algo ao ouvido.
- Oh mãe, assim não vale, depois o desejo não se realiza!...
-As mães tudo podem saber...são as melhores amigas do mundo
O coração da Beatriz, assim se chama a menina, dera os primeiros passos no amor. Lembrara-se do seu amiguinho de escola, o tal dos coraçõezinhos no caderno....
Nela Curado

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JOANA VIDEIRA e MELO - Faz 33 Anos



JOANA M. VIDEIRA E MELO

27 de NOVEMBRO
1975

Filhota do RiRi





33 Anos
O Blog do Cavalinho Selvagem,
deseja-lhe muitos parabéns, muitas felicidades e muitos anos de vida.

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LUCAS JUNOT - Um brasileiro cantor de Coimbra

O Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Carlos Encarnação, tem o prazer de convidar V. Ex.ª para o lançamento do livro da Colecção Coimbra Património "Lucas Junot: o Estudante Brasileiro que cantou Coimbra – Fotobiografia", de Rui Lopes, a ter lugar no dia 13 de Dezembro, pelas 16H00, na Casa Municipal da Cultura, com apresentação do Dr. Augusto Camacho Vieira.

[Informações: Casa Municipal da Cultura _ telef. 239702630]

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Amantes da poesia - 4

Rifa-se um coração (Quase novo...)



Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário.

Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado, muito machucado e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração que acha que Tim Maia estava certo quando escreveu...
"...não quero dinheiro, eu quero amor sincero, é isso que eu espero...".
Um idealista...
Um sonhador...

Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras.

Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.

Rifa-se este desequilibrado emocional que abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas, mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado, ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente, contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida matando o tempo, defendendo-se das emoções.

Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco seu usuário.
Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas:
- "O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento. Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer".

Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.

Rifa-se um coração cego, surdo e mudo, mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda não foi adotado, provavelmente, por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais, por não querer perder o estilo.

Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que, mesmo estando fora do mercado, faz questão de não se modernizar, mas vez por outra, constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos e a ter a petulância de se aventurar como poeta.

Clarice Lispector


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José Leitão

Referer.org